Manter o abastecimento em períodos de estiagem é um dos grandes desafios das empresas de saneamento. A Aegea lida com a estiagem como um desafio climático, buscando soluções para garantir o fornecimento de água em regiões afetadas, como a seca histórica no Rio Negro em 2023, que afetou Manaus.
A empresa investe em resiliência hídrica, por meio de estratégias como interligação de sistemas, o uso de balsas para captação de água e rebaixamento de bombas, além de projetos de sustentabilidade, como a geração de energia e fertilizante a partir do lodo de esgoto.
Bombas anfíbias: solução para cheias e períodos de seca
Em Minas Gerais, a Águas de Valadares colocou novas bombas anfíbias em operação no Rio Doce. Agora, o município conta com quatro equipamentos em funcionamento, ampliando a capacidade de captação de água em períodos de estiagem e durante as chuvas.
As bombas anfíbias são leves e flutuantes, podem ser levadas para locais mais distantes da margem e locais mais profundos do rio – em busca de pontos com água suficiente para ser captada e bombeada, oferecendo maior estabilidade na operação.
Também oferecem flexibilidade na captação, o que possibilita enfrentar tanto a seca quanto o aumento do nível da água em épocas chuvosas, já que podem ser recolhidas para não serem arrastadas pelas enxurradas. O motor da bomba anfíbia fica submerso.
Eficiência energética
Segundo Clécio Silva, coordenador de Eletromecânica na Águas de Valadares, “as bombas também são mais eficientes em termos energéticos e possuem tecnologia de ponta, o que contribui para a sustentabilidade e melhor aproveitamento dos recursos hídricos”.
Em conjunto com a bombas foi instalada nova tubulação de grande diâmetro para ampliação da capacidade de transporte da água do Rio Doce até os tanques de tratamento. As ações reforçam o compromisso da concessionária em investir em soluções modernas para assegurar o fornecimento de água tratada.