Fórum discute evolução do setor com novo Marco Legal do Saneamento

Fórum discute evolução do setor com novo Marco Legal do Saneamento
Texto: Marcela Borges e Rosiney Bigattão

As principais lideranças dos setores público e privado do saneamento, atuantes em investimentos e projetos do setor, se reuniram nos dias 7 e 8 de maio em São Paulo para discutir os avanços após o novo Marco Legal, com debates sobre os desafios e perspectivas para a universalização.

O V Fórum Novo Saneamento foi realizado no Hotel Grand Hyatt pela Híria e LMDM, com correalização da B3 e apoio da Aegea. O evento contou com mais de 250 participantes para dialogar sobre as melhores práticas, planos e expectativas do saneamento no país.

Uma ampla programação

O fórum trouxe a visão dos governos federais e estaduais, do regulador, dos operadores e do mercado. Nos diversos eixos, discutiu as políticas públicas e regulamentos que irão impulsionar os investimentos e como serão endereçados os principais desafios da agenda regulatória da ANA, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico.

Um dos temas tratados foi a evolução do setor para garantir acesso ao saneamento a todos os brasileiros, discutido durante o painel “Visão dos Operadores e do Mercado”.

“É essencial reconhecermos a diversidade do Brasil e a necessidade de direcionar grandes investimentos para alcançar as regiões mais vulneráveis e, então, promover a universalização dos serviços. Na Aegea, a prioridade dada ao atendimento às áreas ocupadas pelas populações mais vulneráveis, além do componente social, está em linha com o enfrentamento dos grandes déficits de atendimento em água e esgoto, que estão mais concentrados nessas áreas. Atuamos com o propósito de contribuir para sanear mais rapidamente o país e de ir além para gerar prosperidade compartilhada nos mais de 500 municípios onde estamos presentes”, afirmou o vice-presidente de Relações Institucionais da Aegea, Rogério Tavares.

Um exemplo da atuação da Aegea em regiões de difícil acesso é o Programa Vem com a Gente em Manaus, que proporcionou dignidade para mais de 900 moradores do Beco Nonato. O projeto pioneiro no Brasil, levou redes aéreas de água e instalações de esgotamento sanitário a uma região de palafitas, melhorando significativamente a qualidade de vida das famílias. O trabalho rendeu à Águas de Manaus, concessionária da Aegea na cidade, o Prêmio Cases de Sucesso em Água e Saneamento, concedido pelo Pacto Global das Nações Unidas. 

Na história da Aegea, a premissa de impactar a vida das pessoas independente da região faz com que as cidades atendidas pelas concessões beneficiem localidades que variam de 1,8 mil a 6,8 milhões de habitantes. Dessa forma, a companhia se adapta aos muitos “Brasis” distribuídos pelo território nacional, sempre respeitando a população local, o meio ambiente e desenvolvendo iniciativas que promovam vidas mais dignas e saudáveis.

Outras contribuições da Aegea

Além de destacar a importância do avanço do saneamento básico, a Companhia também abordou no evento o papel da tecnologia no processo de resiliência hídrica. Um dos exemplos é a parceria com a Asterra, empresa israelense que desenvolveu um satélite de observação terrestre e que está sendo usado para detectar vazamentos subterrâneos na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, onde atua a Águas do Rio.

“A tecnologia tem sido fundamental para identificar rapidamente pontos de vazamento e monitorar a rede de distribuição de água em nossas operações. Entre 2022 e 2023, o uso do satélite nos ajudou a reduzir as perdas de água em 158 milhões de litros/ano”, disse o diretor de Inovação e Parcerias Estratégicas da Aegea, Maurício Endo durante o painel “Tecnologia, IA & Futuro do setor de saneamento”.

Representaram também a Aegea no V Fórum Novo Saneamento o diretor de Novos Negócios de Resíduos Sólidos, Franklin Willemyns; a diretora de Assuntos Regulatórios, Lucilaine Medeiros, e o gerente Sênior de Projetos, Wagner Carvalho.