Águas do Pará: porque nossa história vem das águas

Águas do Pará: porque nossa história vem das águas
Texto: Raiana Coelho

Com investimentos de R$ 220 milhões, Águas do Pará antecipou a promoção de melhorias por meio do saneamento em Belém, Ananindeua e Marituba, as cidades que terão maior demanda durante a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece de 10 a 21 de novembro na capital paraense. A atenção de todo o planeta estará voltada para essa região brasileira durante o evento, o maior do mundo neste tema.

Ao iniciar os trabalhos, a unidade da Aegea foca na natureza sagrada do estado, em suas riquezas, sua gente e tradições culturais para cuidar da água, preservar seus rios e garantir mais saúde e qualidade de vida trazendo o lema: “Águas do Pará: porque nossa história vem das águas”. 

Preparação antecipada para a COP30

Desde o dia 1º de setembro, com o início da operação definitiva, uma ampla força-tarefa da Águas do Pará atua na distribuição da água tratada, coleta e tratamento de esgoto e atendimento aos clientes nas três cidades, com o objetivo de promover o quanto antes as melhorias proporcionadas pelos investimentos em saneamento.

Depois da COP30 o trabalho continua e a concessionária da Aegea vai ampliar, até 2033, o acesso à água tratada para 99% da população desses municípios, e levar o sistema de esgoto (coleta e tratamento) a 90% dos moradores, atendendo às metas do Novo Marco Legal do Saneamento.

A concessionária manterá o relacionamento com a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) para a compra da água que será distribuída em Belém, Ananindeua e Marituba. Nesses três municípios, a Cosanpa continuará responsável pela captação e tratamento da água.

Jornada de transformação

Dos R$ 220 milhões que serão investidos, R$ 144 milhões serão aplicados até o mês de novembro, enquanto os demais recursos serão investidos no primeiro semestre de 2026. Nos 40 anos de contrato, estão previstos mais de R$ 18,7 bilhões em investimentos. 

“É o início de uma jornada de transformação no Pará, que é um estado cheio de riquezas, potenciais e cores, e também desafios que serão superados a partir do trabalho de muitas mãos”, reforça André Facó, diretor-presidente da Águas do Pará.

As ações prioritárias incluem a instalação de sistemas de telemetria, que permitem acompanhar em tempo real reservatórios, bombas, poços e estações de tratamento dos sistemas de água e esgoto, otimizando o tempo de resposta às demandas. 

Haverá, ainda, o monitoramento, 24 horas, do controle de pressão, regulando a força da água nas tubulações e evitando desperdícios. Na prática, isso significa mais eficiência e segurança no fornecimento de água para a população.

Transformações por meio do saneamento também em Vila da Barca

As melhorias somam-se às obras, já em andamento, para regularizar o fornecimento de água tratada e implantar sistemas de esgoto na Vila da Barca, em Belém, que estão sendo executadas pela concessionária desde o fim de julho. Cerca de 5 mil moradores da região serão diretamente beneficiados.

Também estão em andamento uma série de intervenções com foco na melhoria contínua do abastecimento em Belém, Ananindeua e Marituba em parceria com o Governo do Pará, e em apoio à Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). Os serviços executados pela concessionária são regulados e fiscalizados pela Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon).

“O Estado tem um papel de protagonismo nessa concessão e estamos  acompanhando a transição dos serviços da Cosanpa para a Águas do Pará. Também daremos suporte aos municípios, com as ferramentas necessárias para o cumprimento dos prazos e metas contratuais”, evidencia o procurador do Estado do Pará, Gustavo Monteiro.

Demais municípios seguem em operação assistida

Nas demais 96 cidades das regiões Metropolitana de Belém, Marajó, Nordeste e Sudeste do Pará, a Águas do Pará segue em operação assistida, período de transição que pode levar até 180 dias e durante o qual é realizado o mapeamento dos sistemas existentes, identificação das prioridades operacionais e desenvolvimento do plano de investimento alinhado às metas contratuais.

É também nesta etapa que as informações comerciais, processos e rotinas operacionais da Cosanpa e dos Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAEs) serão repassados para a concessionária. Durante a operação assistida nesses municípios, a Cosanpa e os SAAES seguirão operando normalmente os serviços de água e esgoto, incluindo o atendimento aos clientes.

Maior investimento em saneamento da Amazônia Legal

Ao todo, depois que terminar a fase de operação assistida dos serviços nas cidades da Região Metropolitana de Belém, Marajó, Nordeste e Sudeste, a Águas do Pará será responsável pelos serviços de água e esgoto em 126 municípios do estado, com atuação na Região Metropolitana de Belém – incluindo a capital -, Marajó, Nordeste, Sudeste, Sudoeste e Baixo Amazonas. 

“Promoveremos o maior investimento em saneamento da história da Amazônia Legal, com mais de R$18,7 bilhões previstos ao longo dos 40 anos de contrato. Isso vai refletir positivamente na saúde e qualidade de vida dos paraenses”, reforça André Facó.