Para ficar por dentro sobre a importância do tema da diversidade, o papel de cada um nesse processo e ajudar nosso país a se tornar cada vez mais justo socialmente, o caminho é: se informe sobre o assunto.
A cultura, por meio do cinema, da televisão, da música e da literatura, pode ajudar no importante papel da conscientização de forma mais leve e acessível.
Algumas dicas:
- Ler livros e histórias que abordem temas relacionados à diversidade;
- Assistir a filmes que possam ajudar a entender temas relevantes socialmente;
- Participar de eventos culturais, como festivais, exposições, workshops e palestras.
Para saber mais sobre Consciência Negra
Colaboradores e membros dos Comitês Locais e do Comitê Executivo do Respeito Dá o Tom, o programa de diversidade, igualdade racial e de gênero, trazem indicações para você ampliar seu repertório sobre o assunto.
São recomendações muito interessantes de livros, filmes, séries e podcasts para esse momento. Confira abaixo.
FILMES E SÉRIES DOCUMENTAIS
- Indicação: A Vida e a História de Madam C. J. Walker.
“Demonstração de força, coragem e determinação, a história real do começo do século 20, nos Estados Unidos, vai muito além de mostrar uma das primeiras milionárias negras num país pós-escravidão. Ela reforça a importância cada vez maior de narrativas sobre diversidade, mobilidade social e que questionem o racismo. Aborda também questões como: O que mobiliza alguém a empreender? Como nasce essa força motivadora perante tantas dificuldades enfrentadas como mulher negra? Feitos que fez com que a Madam C. J. Walker se tornasse uma das primeiras empreendedoras negras dos Estados Unidos, criando um império de produtos de beleza para mulheres negras – pioneira no ramo”, diz Fernanda Abdo Saad, diretora de Marca, Comunicação e Pesquisa da Aegea.
Disponível na Netflix.
- Indicação: My Name Is Now, Elza Soares.
“Elza Soares é um exemplo da ancestralidade brasileira e saber mais sobre a história dela é como entender melhor sobre a potência negra feminina brasileira e tudo o que isso representa nos dias de hoje. Cantora, compositora e intérprete da MPB, Elza nasceu nos anos 30, na Vila Vintém – RJ, e viveu literalmente na pele todos os desafios que uma mulher negra, pobre, de periferia e sem instrução poderia viver para quebrar um ciclo de gerações e conquistar os palcos da vida”, indica Ana Santos, gerente de Marca, Comunicação Interna e Engajamento da Aegea.
Disponível em: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-231424/
- Indicação: Estrelas Além do Tempo (2016).
“Assistir ao filme Estrelas Além do Tempo foi uma experiência profundamente inspiradora para mim. A história dessas mulheres negras que, com inteligência e determinação, romperam barreiras e mudaram a história da NASA me fez refletir sobre a importância da resiliência e da coragem. Ver Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson lutando contra o racismo e o machismo com tanto talento e dignidade me tocou especialmente. Elas representam a força e a superação de desafios que muitas vezes tentam nos limitar, mostrando que é possível transformar o impossível em realidade. Este filme reafirmou em mim a certeza de que a educação e a diversidade têm o poder de transformar o mundo”, conta Mycaelle Tavares, Analista de RH da Ambiental Crato (CE).
Link: Disney Plus.
- Indicação: Casa de Antiguidades (2020).
“Assistir ao filme foi uma experiência única. Casa de Antiguidades aborda questões de identidade e pertencimento de uma maneira profunda, acompanhando o protagonista em sua luta para preservar suas raízes em um ambiente que o rejeita. A atmosfera surreal e o isolamento que ele sente me fizeram refletir sobre o impacto do preconceito e da exclusão. É um filme que nos faz questionar até onde conseguimos manter nossas tradições e identidade em um mundo que tenta nos moldar”, diz Marineide Gomes, secretária-executiva da Ambiental Crato (CE).
PODCAST
- Indicação: Bom dia Obvious Episódio 205
Djamila Ribeiro – Assumindo a direção das nossas vidas.
Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5MX1uXX5CyxBxvKbItRPPk
- Indicação: É Nóia Minha – episódio Não desconversa: racismo.
Quem indica: Carolina Pardo Moura Campos Pereira, gerente de Recursos Humanos da Aegea.
LEITURA ADULTA
- Indicação: “O Quarto de Despejo – diário de uma favelada”, de Carolina Maria de Jesus.
“Leitura impactante, Quarto de Despejo me trouxe uma visão intensa e crua da vida nas favelas, narrada de forma genuína por Carolina Maria de Jesus. Suas palavras mostram a força e a dignidade de uma mulher negra enfrentando a fome, o preconceito e as dificuldades de ser ouvida em uma sociedade que tenta silenciar sua voz. Foi impossível não me sensibilizar e refletir sobre como as histórias de luta e resistência de pessoas como Carolina ainda ressoam nos dias de hoje. Esse livro reafirmou para mim a importância de dar voz aos que estão à margem e de enxergar a realidade social sem filtros”, afirma Márcio Silvestre, Analista de Comunicação da Ambiental Crato.
“Esse livro é um marco na literatura brasileira e apresenta o cotidiano da autora, que foi uma catadora de papel e moradora de favela em São Paulo. Com uma narrativa sincera e tocante, Carolina Maria de Jesus expõe as dificuldades da pobreza e as dores do preconceito racial, trazendo uma perspectiva poderosa sobre a realidade de muitas pessoas negras no Brasil”, indica também o comitê da Águas de Buritis.
Disponível em: https://dpid.cidadaopg.sp.gov.br/pde/arquivos/1623677495235~Quarto%20de%20Despejo%20-%20Maria%20Carolina%20de%20Jesus.pdf.pdf
- Indicação: “Pequeno Manual Antirracista”, de Djamila Ribeiro.
“Esse livro oferece um guia prático e acessível sobre como identificar e combater o racismo. Djamila aborda temas como branquitude, desigualdade, violência racial e os desafios enfrentados pela população negra”, conta a colaboradora.
“Esse é o livro Nº 1 que todas as pessoas deveriam ler, sobretudo as pessoas não negras. O livro resgata o que outros autores negros já haviam escrito sobre ser antirracista e toda a narrativa do livro nos ensina na prática como ser um antirracista, ele nos ajuda a dialogar com diversos públicos nos fazendo entender que essa responsabilidade é de todos”, diz Keilla Martins, do Respeito Dá o Tom e especialista de Diversidade Racial e Inclusão no Instituto Aegea.
- Indicação: “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior.
“Este romance premiado narra a história de duas irmãs negras no sertão brasileiro, abordando temas como ancestralidade, desigualdade social e racismo estrutural. A trama é densa e poética, refletindo sobre questões de identidade e resistência”, orienta.
- Indicação: “Olhos d’Água”, de Conceição Evaristo.
“Uma coletânea de contos com narrativas de mulheres negras, relatando suas vivências, lutas e sonhos. Conceição Evaristo é conhecida por seu estilo de escrita, que ela chama de “escrevivência,” que une memória e experiência em um registro literário profundo e sensível”, afirma Tânia Olinda, da Responsabilidade Social da Aegea.
- Indicação: “Em busca de mim”, autora Viola Davis.
“Gostei muito de ler a biografia dessa atriz que acompanho e pude conhecer melhor a sua realidade e como o fato de ser uma mulher negra retinta impactou o desenvolvimento de sua carreira como atriz nos Estados Unidos, trazendo discussões importantes sobre o racismo estrutural na sociedade americana e na indústria do entretenimento”, aponta Marina Rodrigues, gerente de Sustentabilidade da Aegea.
Indicação: “O Pacto da Branquitude”, de Cida Bento.
“O livro traz uma excelente explanação de um pacto ‘velado’, discreto, mas nem tanto, onde um mesmo grupo de pessoas, com a mesma cor permanecem no centro do poder, das tomadas de decisões que influencia a sociedade como um todo, um pacto que se fortalece entre si com todos os seus méritos e privilégios”, indica Keilla Martins, do Respeito Dá o Tom e especialista de Diversidade Racial e Inclusão no Instituto Aegea.
LEITURA INFANTIL
- Indicação: “Gente de Cor, cor de Gente”, de Mauricio Negro.
“É um livro imagem, finalista do Prêmio Jabuti em 2018, que adoro ler com meu filho de 2 anos porque cria oportunidades para muitas conversas importantes sobre diversidade e respeito. O autor trabalha com a expressão ‘gente de cor’ ampliando a paleta de ‘cores de gente’, como pontua Lázaro Ramos em texto na contracapa do livro: Este olhar sincero, quando trata de cor, ajuda a combater preconceitos, despertar afetos, mudar pensamentos e informar”, afirma Marina Rodrigues, gerente de Sustentabilidade da Aegea.