Floresta do Rio pretende reflorestar mil hectares de Mata Atlântica

Floresta do Rio pretende reflorestar mil hectares de Mata Atlântica
Texto: Bianca Carvalho e Livia Andrade

O Edital Floresta do Rio, para seleção de projetos de reflorestamento com espécies nativas em aproximadamente mil hectares da Mata Atlântica, foi lançado no dia 18 de dezembro.

É uma iniciativa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), Aegea, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (SEAS) e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO).

Ela faz parte do Programa Floresta Viva, proposta do BNDES que aporta recursos oriundos do Fundo Socioambiental do banco em projetos de restauração ecológica de áreas degradadas e fortalecimento de cadeias produtivas.

Preservação do meio ambiente e geração de renda locais

A atuação acontece em regiões hidrográficas críticas e prevê a capacitação profissional em técnicas de restauração e produção de sementes e mudas. O objetivo é promover a continuidade das ações e a geração de renda locais.

Para cada R$ 1 investido pelas instituições apoiadoras, o BNDES aplica outro R$ 1.

Minimizando os efeitos das mudanças climáticas

O vice-presidente Regional da Aegea, Alexandre Bianchini, ressalta a importância de estabelecer parcerias com instituições comprometidas com a Agenda ESG para ampliar a resiliência hídrica e minimizar os efeitos das mudanças climáticas. Ele diz que a companhia atua em todos os biomas brasileiros, em mais de 700 municípios, e eventos extremos estão se tornando cada vez mais frequentes.

“A maioria desses eventos está relacionada à questão da água, seja pelo excesso – como ocorreu no Rio Grande do Sul, onde a companhia se empenhou para restaurar rapidamente o abastecimento nos 67 municípios atingidos pelas enchentes e que são atendidos pela Corsan Aegea – ou pela falta. No caso da escassez, o exemplo mais emblemático foi em Manaus, com a concessionária da Aegea tendo que enfrentar a mais severa estiagem dos últimos 120 anos de medição dos níveis do Rio Negro, no coração da Amazônia, conhecida justamente pela quantidade d’água. Nos dois desafios, a companhia deu respostas rápidas para que as pessoas tivessem acesso à água tratada, mesmo nos momentos mais críticos, exigindo grandes operações e investimentos”, afirma.

Bianchini acrescenta que o grupo está acumulando experiências distintas e muito aprendizado no enfrentamento às mudanças climáticas e que o Programa Floresta Viva vem ao encontro da diretriz da companhia de gerar mecanismos para a segurança e resiliência hídrica.

Regiões para o reflorestamento

Os projetos no Estado do Rio deverão estar localizados nas regiões hidrográficas Guandu, Baía de Guanabara, Lagos São João e Macaé e das Ostras. Inseridas no bioma Mata Atlântica, elas são ricas em patrimônio natural, com uma diversidade de habitats: restingas, manguezais em planícies costeiras e fluviais, florestas de baixadas e maciços serranos.

Segundo Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea e diretor de Sustentabilidade da Companhia, o programa Floresta Viva faz parte de um compromisso mais amplo da empresa em atuar pela melhoria da qualidade de vida das pessoas e do meio ambiente.

Levando saneamento para todos

“Reflorestar áreas degradadas ajuda o clima e a produção de água em quantidade e qualidade, insumo fundamental para a sociedade e para uma empresa empenhada em levar saneamento básico a todos, como é a Aegea”, diz

Além do Rio, a Aegea apoia o Programa Floresta Viva no Mato Grosso do Sul, onde atua por meio das concessionárias Águas Guariroba e Ambiental MS Pantanal.

“A parceria vai contribuir tanto para a melhoria contínua do abastecimento na capital, Campo Grande, quanto para a proteção dos rios do Pantanal e a recuperação deste bioma fortemente afetado pelas queimadas”, conclui Édison.