Práticas antirracistas II: Pílulas de Conhecimento mantém o engajamento

Engajamento aumentou com as Pílulas de Conhecimento durante a pandemia

A agenda do Programa Respeito Dá o Tom sempre foi movimentada na Regional 1 da Aegea. Prêmio nas escolas públicas, fórum, rodas de conversa envolvendo escolas e representantes da luta contra a desigualdade racial em diversas instituições já foram realizados. O último evento presencial aconteceu em fevereiro de 2020, com a palestra da historiadora Suzane Jardim, que emocionou e incentivou o envolvimento dos colaboradores no programa. Com a pandemia, sem a possibilidade de organizar as rodas de conversa e com boa parte do quadro de profissionais em home office, veio o receio de que o programa sofresse a perda de engajamento.

“Olhando a cartilha do Respeito Dá o Tom, encontrei os termos racistas que devemos combater e me veio a ideia de produzirmos vídeos para compartilhar este conteúdo”, relembra Keilla Martins, responsável pelo programa, que na época trabalhava na Regional 1. “Levei a ideia adiante e recebi algumas orientações sobre roteiro e conteúdo. Procurei a Comunicação Regional e recebi mais apoio para o projeto piloto, além de dicas de formato e tempo que poderiam dar mais certo”, resume. Em 4 de maio de 2020 foi ao ar a primeira edição, apresentada pela própria Keilla. De lá para cá, mais de 40 vídeos foram produzidos trazendo diversos conteúdos antirracistas abordados por colaboradores de diversas regiões da Regional 1.

“Fui gravando até me sentir mais segura e convidar outros colaboradores para participar. Porque o Programa Respeito Dá o Tom tem a essência da diversidade, então não pode ficar só em mim ou nos membros do comitê. Precisa ser de todos os colaboradores, por isso o engajamento é tão importante e fiquei muito feliz de receber o apoio e o feedback das pessoas a cada vídeo que ia saindo”, relembra Keilla. “Hoje a adesão é muito boa. Temos a cada semana a participação de colaboradores que são analistas, coordenadores, diretores, gerentes, o conteúdo é feito por todos”, diz.

Para Keilla, as Pílulas de Conhecimento foram a maneira mais assertiva de continuar com a educação na temática racial para combater o racismo estrutural. “É uma forma didática e prática, usando uma ferramenta muito simples que é o WhatsApp”, afirma. “A pandemia veio para nos tirar da zona de conforto; esta é a maior lição que fica. Ninguém é bom sozinho. A ideia é trazer mais pessoas para o programa e para dentro da temática, e assim conseguiremos mais resultados”, completa.

Pular para o conteúdo