Com as mudanças climáticas cada vez mais intensas, a capacidade de resistir, adaptar e responder rapidamente a eventos extremos virou questão central para a segurança hídrica do país. Esse conceito, conhecido como resiliência hídrica, trata da habilidade de sistemas de abastecimento enfrentarem secas prolongadas, enchentes e variações climáticas sem comprometer o fornecimento de água à população.
Compromisso em manter o abastecimento em situações de crise climática
Durante a COP30, em Belém, Adriana Albanese, diretora de Sustentabilidade da Aegea, participou do painel Financiamento de Infraestruturas Amazônicas para a Adaptação Justa e de Baixo Carbono. Representando a maior empresa privada de saneamento do país, Adriana destacou o compromisso da Aegea em manter o abastecimento mesmo nas condições mais adversas.

“Quem lida com água precisa ser resiliente”, afirmou. A companhia opera em 15 estados, em todos os biomas — do cerrado aos pampas, da mata atlântica à floresta amazônica — e enfrenta realidades climáticas distintas, com cenários cada vez mais extremos. A seca em Manaus, por exemplo, exigiu a construção de estruturas específicas para captação de água no Rio Negro. Já nas enchentes do Rio Grande do Sul, em 2024, a atuação foi descrita como “operação de guerra”, com uma força-tarefa reunindo os melhores operadores do grupo para retomar os serviços da Corsan o mais rápido possível. Adriana destacou que a Aegea investe continuamente em monitoramento, planos de contingência e soluções estruturais para minimizar o impacto dos eventos extremos no dia a dia das pessoas. “Nosso papel como prestadores de serviço público é garantir que o cliente sinta o mínimo possível os efeitos das mudanças climáticas. Água é essencial, e o acesso não pode falhar, principalmente nos momentos mais críticos”, reforçou.


