Em um cenário de crescente preocupação com as mudanças climáticas, a busca por soluções sustentáveis para a preservação dos recursos naturais se torna cada vez mais urgente.
Essencial para a vida e para a atividade industrial, os recursos hídricos exigem uma gestão eficiente e inovadora para garantir sua disponibilidade no futuro. Nesse contexto, a reutilização da água surge como uma alternativa estratégica para reduzir o desperdício e otimizar o consumo.
Com esse propósito, a Apura – unidade de negócios da Aegea, voltada a projetos industriais de reúso de água e gestão de utilidades – vem ampliando sua atuação no Brasil, desenvolvendo iniciativas que aliam sustentabilidade e eficiência hídrica.
Reúso da água em indústrias
Seguindo essa tendência, a Aegea firmou um contrato com a Braskem, maior petroquímica das Américas, por meio da Apura, para abastecer com água de reúso 100% da produção de sua unidade industrial em Duque de Caxias (RJ).
Conforme o diretor da Apura, Alexandre Perufo, o investimento na busca por soluções de economia circular é contínuo, por isso as ações voltadas ao manuseio e reutilização de água por indústrias em suas operações é uma forma de comprometimento com a sustentabilidade. Além disso, melhora a qualidade de vida da população por meio do cuidado com o meio ambiente.
“Cada vez que uma empresa faz um projeto de reúso, significa que está deixando de captar água do rio, que pode ser potabilizada. Então os projetos de reúso são guardiões da água do futuro, equilibrando o uso do recurso entre o abastecimento da população e o fornecimento para a indústria. O planejamento desses projetos são fundamentais para permitir a perenidade da atuação industrial”, explica.
Preservação do rio e segurança hídrica
O acordo entre as empresas reforça a preservação dos recursos naturais, reduzindo a captação de água bruta da Bacia Hidrográfica do Guandu – principal manancial da Região Metropolitana do Rio de Janeiro – já que a água para a produção da petroquímica passará a ser totalmente proveniente do esgoto doméstico tratado.
“A capacidade que eles vão utilizar é uma planta de 850 metros cúbicos por hora. São 236 litros por segundo”, explica Alexandre Perufo, sobre a capacidade de operação da estação da planta da Braskem.
Com isso, o aumento da disponibilidade de água tratada para as comunidades vizinhas está garantida, promovendo um uso mais sustentável desse recurso.
Comprometimento com as pessoas e o meio ambiente
Os investimentos das obras de redes coletoras e a construção de uma estação de tratamento de esgoto serão antecipados em três anos pela Águas do Rio, unidade da Aegea. Dessa forma, as mais de 260 mil pessoas das comunidades de Duque de Caxias terão saneamento básico assegurado.
A Apura utilizará o efluente tratado, depois irá projetar e construir a infraestrutura para produção da água industrial de reúso na qualidade requerida pela petroquímica. Essa água de reúso será por fim reutilizada pela indústria em operações, iniciando um ciclo com metas de eficiência.
“A parceria ajudará a alcançarmos nossas metas de eficiência operacional. E contribuiremos com um legado na saúde e qualidade de vida de centenas de milhares de famílias por meio de um modelo de um negócio competitivo, inovador e sustentável”, diz Ana Carolina Viana, vice-presidente industrial da América do Sul da Braskem.
Todas as indústrias podem usar água de reúso
Conforme o diretor da Apura, todas as indústrias do Brasil e do mundo podem utilizar água de reúso.
“A água de reúso na indústria é para o processo dela. Ela não será usada, por exemplo, para fazer refrigerante, mas sim na torre de resfriamento, na geração de vapor, enfim, onde a água não é usada como matéria-prima. As pessoas vão beber água potável. Mas os processos industriais todos podem utilizar água de reuso.”
A iniciativa também se alinha às estratégias de adaptação às mudanças climáticas, contribuindo para a construção de um futuro mais equilibrado, preservando recursos naturais e consciente no setor industrial.
