Quando se pensa em meio ambiente geralmente a imagem que se forma é a de um lugar distante, com um modo de vida completamente diferente do nosso. É claro que ainda existem locais assim, mas o distanciamento acaba nos afastando da responsabilidade por ele. Por isso é importante lembrar que meio ambiente é também urbano, o local onde vivemos, seja ele conhecido pela proteção ambiental, como Fernando de Noronha (PE), ou pela urbanização, caso de São Paulo (SP).
Um dado curioso entre as duas localidades é que no arquipélago tem menos Mata Atlântica que na capital paulista. A informação é do Aqui Tem Mata, da Fundação SOS Mata Atlântica, que mostra que as ilhas não têm mais nada da mata original, desmatada na construção de um presídio, ao passo que a capital paulista tem 17,45%. Esse recurso bem interessante do hotsite vai fazendo um mapeamento do processo de urbanização brasileiro, que aconteceu desmatando a mata original, principalmente ao longo dos rios e córregos.
Plantando água
Percorrer o caminho inverso e plantar árvores é urgente e muitas ações têm sido feitas neste sentido pela Aegea em vários municípios. Datas comemorativas e outros eventos são marcados por plantios e doações de mudas nas unidades. A Águas Guariroba (MS) tem um viveiro próprio que já é responsável por 350 mil novas árvores, que ajudam a fazer de Campo Grande uma das cidades mais verdes do mundo (prêmio Tree Cities of the World, da Arbor Day Foundations).
Recuperação de áreas degradadas
O viveiro também serve de fonte para a recuperação de áreas degradadas, entre elas a da captação do Córrego Guariroba, que dá nome à concessionária. “É uma área bem complexa, pois na época da construção da barragem o solo foi praticamente todo retirado, está na camada de pedras. Mas nós temos tido sucesso neste trabalho, a cobertura vegetal voltou a aparecer nas imagens de satélite e os processos erosivos foram contidos”, conta Fernando Garayo, gerente de Meio Ambiente e Qualidade da Regional 1 da Aegea. As duas captações da concessionária estão no Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prada), que inclui também a Bacia do Guariroba, onde a concessionária atua junto com produtores rurais. “Recuperar uma área envolve um custo muito alto, pois o plantio em si é apenas 10% dos investimentos. Para produzir mudas mais resistentes, mudamos a tecnologia de produção no viveiro. Tem ainda os cuidados com o solo, irrigação e manutenção”, diz.