Agonia dos rios brasileiros entre os estudos sobre a situação da água

Agonia dos rios brasileiros entre os estudos sobre a situação da água

Na abertura da Conferência da ONU sobre Água e Dia Mundial da Água, em Nova Iorque, um alerta: mais de um quarto das pessoas em todo o mundo sofrem com a falta de água tratada. Segundo o estudo lançado pela Unesco, o problema deve atingir até 2,4 bilhões de pessoas até 2050.

A Unesco, Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, aponta ainda que hoje 26% da população do planeta não têm acesso aos serviços de saneamento seguros. São 3,6 bilhões de habitantes. 

Um cenário desafiador que exige cooperação sobre uso e gerenciamento da água para evitar uma crise global, segundo o estudo. Com gráficos e dados precisos, faz uma análise sobre a escassez da água, estresse hídrico e o futuro. Confira no ONU News.

Trata Brasil apresenta em Nova Iorque estudo sobre ESG 

Em parceria com a KPMG, o Instituto Trata Brasil divulga durante a Conferência da ONU o estudo ESG e Tendências no Setor de Saneamento do Brasil. 

O objetivo é apresentar um panorama sobre como o setor de saneamento e os atores que compõem sua cadeia se relacionam com os aspectos ESG – ambientais, sociais e de governança, em torno de suas operações.

O material ressalta o papel importante que a infraestrutura dos serviços básicos desempenha sobre os pilares ESG. Aponta ainda que o setor de saneamento será fundamental para mitigar os impactos das mudanças climáticas, que influenciam na sazonalidade das chuvas, enchentes e secas, e consequentemente, impactam no acesso pleno à água tratada.

Vale a leitura pela riqueza e detalhes dos dados. Clique e confira.

Ranking do Trata Brasil analisa indicadores em 100 maiores cidades

Lançada no Dia Mundial da Água, a 14ª edição do Ranking do Saneamento examina os principais indicadores das 100 maiores cidades brasileiras com base na população. Foi feita em parceria com a GO Associados.

O novo Ranking evidenciou que as melhores cidades de saneamento básico no Brasil investem em média 340% a mais do que os piores municípios.

Segundo dados nacionais do SNIS 2020, ainda são aproximadamente 35 milhões de brasileiros sem acesso à água potável e 100 milhões dos habitantes não têm atendimento à coleta de esgoto. 

Somente 50% do volume de esgoto gerado são tratados – isto é, mais de 5,3 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente.

Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, ressalta que a edição de 2022 evidenciou uma estagnação dos municípios que sempre estão nas piores posições

“O que nos assusta é que estas cidades, mais uma vez, são da região Norte do país, onde o acesso ao saneamento ainda é mais deficitário do que em outras regiões”, afirma.

Segundo ela, o relatório demonstra para as capitais e outras grandes cidades que os problemas referentes ao acesso ao saneamento básico precisam ser prioridade nessa década.

Veja o estudo completo no site do Instituto Trata Brasil.

A agonia dos rios brasileiros em relatório da SOS Mata Atlântica

Um relatório divulgado hoje pela Fundação Mata Atlântica mostra que rios do bioma onde vive a maior parte da população brasileira estão distantes da qualidade de água adequada.

O estudo foi feito com base em dados do ano passado. Aponta qualidade regular em 75% dos casos, ruim em 16,2% e péssima em 1,9%, sendo que não foram registradas amostras que possam ser consideradas ótimas. 

Quase 20% dos pontos analisados, portanto, não têm condições mínimas para os usos múltiplos da água – como agricultura, indústria, abastecimento humano, consumo animal, lazer ou prática de esportes. 

Os dados são da edição de 2023 da pesquisa O Retrato da Qualidade da Água nas Bacias Hidrográficas da Mata Atlântica, do programa Observando os Rios. Os resultados também serão apresentados em Nova Iorque.Acesse o relatório completo no site da SOS Mata Atlântica.

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