O evento acontece desde 2015 para reconhecer e premiar os exemplos positivos de gestão em saneamento básico no país. Para analisar os avanços dos municípios, a premiação tem como base os dados do SNIS, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento.
Realizado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com o Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o prêmio está na oitava edição. A ideia é incentivar os municípios na busca pela universalização dos serviços.
Este ano, a premiação elegeu Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, para receber o prêmio na categoria Atingimento das Metas de Perdas de Água, e Piracicaba, em São Paulo, em Melhores Evoluções no Tratamento de Esgoto.
Universalização em dois anos
Por meio da busca pela universalização do saneamento, ampliando o acesso aos serviços de água tratada e de esgotamento sanitário, a Aegea renova a realidade de muitas regiões.
Um dos grandes exemplos deste trabalho é visto em Piracicaba, interior de São Paulo, onde os investimentos realizados pela Mirante, Parceria Pública-Privada da Aegea no município, garantiram a universalização do saneamento em apenas dois anos de concessão, em 2014. Entre 2010 e 2012, a média do índice de tratamento de esgoto era de 42%.
Informações para a população
Enfatizando sobre os desafios para o avanço dos índices de saneamento no município, André Borges, diretor-presidente da Mirante, destacou a importância da parceria da concessionária com o poder concedente e, principalmente, com a população, em relação às intervenções urbanas causadas pelas obras de infraestrutura.
“Para chegarmos aonde estamos hoje, foram necessárias muitas obras e intervenções. Na Mirante, realizamos diversas campanhas de informação para a população, destacando a necessidade das novas infraestruturas para a melhoria na cidade e qualidade do serviço”, disse.
Melhor no indicador de tratamento de esgoto
A categoria Melhores Evoluções no Tratamento de Esgoto premia os municípios que simultaneamente apresentam a melhor evolução no indicador de tratamento de esgoto nos últimos dez anos.
A base usada é a dos dados disponíveis no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS, 2013–2022), que atendem às metas de coleta (90% da população) e tratamento (80% da água consumida) em 2022.
De acordo com os dados, em 2013 Piracicaba tratava 60,73% do esgoto gerado e em 2022, o indicador era de 100%, apresentando uma evolução de 39,27 pontos percentuais.
Redução de perdas de água
O avanço do setor de saneamento também exige uma atuação com responsabilidade ambiental para manutenção do ciclo natural do planeta. Nesse contexto, a Aegea tem um compromisso com a gestão responsável dos recursos hídricos.
A redução dos índices de perdas representa a garantia do legado de todo um ecossistema, principalmente para as gerações futuras. Para isso, a companhia possui um amplo Programa de Redução de Perdas de Água para o enfrentamento deste desafio e otimização do manejo dos recursos hídricos, que corrobora na perenidade e sustentabilidade de suas operações.
15 bilhões de litros de água poupados
Em 2023 a Aegea poupou 15 bilhões de litros de água via Programa de Redução de Perdas, o suficiente para abastecer 300 mil pessoas por um ano.
Campo Grande (MS) é reconhecida por ter um dos menores índices de perdas. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o município perde apenas 19,80% da água potável nos sistemas de distribuição.
No início da operação na cidade, em 2010, a Águas Guariroba encontrou um indicador de 56% em perdas de água e, para mudar este cenário, foram investidas múltiplas práticas e tecnologias.
Tecnologia na redução de perdas
“Desde a chegada da companhia no município avançamos em todas as partes que formam o saneamento. Investimos em tecnologias para a redução de perdas, como o uso de inteligência artificial com o software Takadu para monitoramento em tempo real, bem como o uso de satélite israelense para detecção de perdas. Cada vez mais nas grandes cidades serão utilizadas essas tecnologias”, destacou Themis de Oliveira, diretor-presidente da Águas Guariroba.
Para Gabriel Buim, diretor-executivo da Águas Guariroba, o trabalho é contínuo e o planejamento deve ser a longo prazo. “Depois que passamos da meta, a margem fica cada vez mais apertada. Temos que investir constantemente em mais capacidade, mais técnica e mais tecnologia”, finalizou.
A premiação aconteceu no dia 27 de maio de 2024, na Fundação Getúlio Vargas, na cidade de São Paulo.