Em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS), publicou um estudo mostrando como a falta de água e de esgotamento sanitário afetava diretamente a saúde da população infantil. Doenças como diarreia, malária e pneumonia estão entre as causas mais comuns de mortes de crianças entre um mês e cinco anos de idade.
De lá para cá, houve um recuo na taxa de mortalidade infantil, que mostra o número de menores que morrem antes de completar um ano de idade entre cada mil nascidos vivos. Seguindo a tendência de queda dos últimos 20 anos, a taxa passou de 12,4, em 2017, para 11,9, em 2021. Mas ainda há muito a ser feito.
Olhar para estes dados é um dos principais instrumentos para analisar o desenvolvimento de um país. Vários estudos vêm sendo feitos mostrando a relação entre o saneamento e o aumento de perspectiva de vida para as crianças, principalmente as mais vulneráveis.
Falta de saneamento é uma violência contra as crianças
Um artigo do Nexo Políticas Públicas, de Elisa Rachel Pisani Altafim e Luana Pretto, mostra como a ausência de saneamento básico é uma violência contra as crianças no Brasil. Elisa Altafim é psicóloga com pós-doutorado com foco na primeira infância e parentalidade e Luana Pretto é presidente-executiva do Instituto Trata Brasil.
As autoras mostram que a falta de acesso ao saneamento tem impacto direto na saúde das crianças por causa das chamadas doenças de veiculação hídrica, que as tornam mais propensas a ficarem desnutridas.Relacionando os dados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), mostram como as oportunidades vão se afunilando para quem não tem acesso aos serviços básicos como o saneamento. Uma leitura muito esclarecedora em: Nexo Políticas Públicas.