A licitação do Bloco 3 de concessão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) deverá atingir R$ 3 bilhões, contra os R$ 900 milhões previstos inicialmente. O leilão deve acontecer em novembro ou dezembro de 2021. O anúncio foi feito pelo governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, na 4ª Semana BNDES de Saneamento. Realizado durante os dias 28 de junho e 2 de julho, o evento apresentou uma série de webinars sobre os desafios e as oportunidades na universalização do acesso à água tratada e ao tratamento de esgoto no Brasil.
O primeiro leilão
No primeiro leilão da Cedae, as ofertas somaram R$ 22,69 bilhões, com ágio de 134% em relação ao valor mínimo estipulado para outorga do serviço, de R$ 9,7 bilhões. O Bloco 3 tinha apenas sete cidades interessadas em participar e, atualmente, são mais de dez. A Aegea, por meio de um consórcio, arrematou o Bloco 1 da companhia, por R$ 8,2 bilhões, com ágio de 103,13%.
O Bloco 2 ficou com o consórcio Iguá Projetos, por R$ 7,286 bilhões, com ágio de 129,68%. O Bloco 4 foi arrematado pelo consórcio Aegea, por R$ 7,203 bilhões, com ágio de 187,75%. As ofertas somaram R$ 22,69 bilhões, com ágio de 134% em relação ao valor mínimo estipulado para outorga do serviço, de R$ 9,7 bilhões.
O Bloco 3, por sua vez, não obteve proposta – havia um lance feito pela Aegea, que foi retirado após o consórcio liderado pela empresa ter arrematado os Blocos 1 e 4. Ele abrange 22 bairros da zona oeste da capital carioca e mais seis municípios: Piraí, Rio Claro, Itaguaí, Paracambi, Seropédica e Pinheiral.
Universalização
Ao todo, o projeto deverá garantir investimento de R$ 30 bilhões na infraestrutura ambiental do Rio de Janeiro. Os vencedores deverão promover a universalização do saneamento no estado em até 12 anos. A expectativa, segundo o governo do Rio de Janeiro, é de que cerca de 12 milhões de pessoas sejam beneficiadas com a iniciativa e 45 mil empregos sejam gerados.
