As árvores que perdem suas folhas e explodem em cores estão em cidades de praticamente todo o Brasil, com presença mais marcante no centro-oeste brasileiro, são apenas um dos exemplos da beleza e da força de um dos principais biomas brasileiros: o Cerrado.
Considerados símbolos nacionais, os ipês colorem também as matas da Amazônia em tons amarelos, rosas, roxos e brancos. Mas além deles, o Cerrado tem mais de 1.500 espécies de plantas nativas já catalogadas, e cerca de 1.000 espécies de mamíferos e aves. Infelizmente, essa área que corresponde a 25% do território nacional enfrenta uma série de ameaças.
Bioma ameaçado
Além do desmatamento para a atividade agropecuária que ocupa 50% do bioma, segundo o MapBiomas, o Cerrado também apresenta alto e indiscriminado uso de agrotóxicos, incluindo alguns já proibidos no país, e altos índices de atropelamentos da fauna. É um dos biomas mais ameaçados.
Para conscientizar sobre a riqueza, a importância de preservação e os desafios enfrentados por este bioma vital para o Brasil, o 11 de setembro foi instituído por decreto federal, em 2003, como o Dia do Cerrado.
Por que o Cerrado é tão importante para a nossa vida?
Sem a opulência da mata amazônica, o Cerrado não ganhou a mesma visibilidade, mas suas árvores de troncos tortos e raízes profundas guardam enormes riquezas.
Uma delas é a enorme relação com a produção de água. Especialistas acreditam que a vegetação do Cerrado consegue absorver a água da chuva e a deposita em reservas subterrâneas, os aquíferos. Por isso, o bioma é considerado o berço das águas.
Contribuições da Aegea na preservação
Consciente da importância do Cerrado e atuando em todos os biomas brasileiros, a Aegea vem contribuindo para sua preservação. Focada em saneamento básico, a Companhia desenvolve iniciativas de preservação ambiental e de desenvolvimento sustentável, reconhecendo a importância hídrica e ecológica do bioma.
Em um bioma conhecido pelos desafios hídricos, como estiagens e clima seco, a Aegea prioriza ações que garantam abastecimento consciente e eficiente, minimizando impactos ambientais e otimizando o uso da água.
Cuidados com o meio ambiente
“Na Aegea, acreditamos que cuidar do meio ambiente é cuidar das pessoas e do futuro. Combatemos as mudanças climáticas com ações concretas: ampliamos o saneamento e restauramos ecossistemas, reflorestamos bacias, reduzimos perdas, usamos energia renovável e promovemos justiça climática com soluções acessíveis para as populações mais vulneráveis. É assim que construímos um futuro mais sustentável e inclusivo”, destaca a diretora de Sustentabilidade da Aegea, Adriana Albanese.
De acordo com os dados do Trata Brasil, a expansão de água e esgoto no Cerrado traz ganhos mensuráveis: Em Campo Grande (MS), E, no estado, a Ambiental MS Pantanal (Aegea) conduz a PPP do esgotamento em 68 municípios, com meta de antecipar a universalização prevista pelo Novo Marco Legal até 2028.
Conservação e restauração no Cerrado
Além da ampliação das redes de coleta e tratamento de esgoto, que contribuem para a preservação do meio ambiente, como em Campo Grande (MS), onde a rede de esgoto já atende 94% da cidade, a Aegea apoia projetos de preservação e restauração de ecossistemas.
Entre eles, destaca-se a parceria com o WWF-Brasil para a recuperação de áreas degradadas e restauração da vegetação nativa que vêm sendo feitas em Mato Grosso com o projeto Cabeceiras do Pantanal. No final de 2024, o WWF-Brasil e o Instituto Aegea estiveram em Jauru (MT), acompanhando a execução da segunda etapa de restauração florestal.
Plantio de 8.000 mudas de espécies nativas
O trabalho integra a parceria institucional que busca a recuperação de nascentes em áreas degradadas na região que abastece a bacia do Pantanal. O projeto envolve o plantio de 8.000 mudas e 300 Kg de sementes de espécies nativas, em uma área de 14 hectares, contornando as nascentes que irrigam o Córrego da Fortuna, ponto de captação para o abastecimento de Jauru (MT). Já foram percebidas melhorias na disponibilidade hídrica da cidade.
“Esse projeto é a continuidade de uma parceria que a Aegea tem com o WWF-Brasil para tratar a criticidade do abastecimento e a resiliência hídrica deste bioma. Para além de estruturar melhor a cadeia de restauro, desde a catação de sementes à parceria de capacitação do pessoal que vai fazer o plantio, a gente quer maior biodiversidade conservada na região e preservar os corpos d’água, aumentando sua disponibilidade tanto na parte de quantidade, como de qualidade, diminuindo a presença de sedimento e garantindo a segurança hídrica para esse território”, disse Maíra Sugawara, coordenadora de Qualidade Ambiental do Instituto Aegea.
Mais sobre o Cerrado
O bioma abrange uma área entre 1,8 e 2 milhões de km² nos Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí e porções de São Paulo.
Ainda há fração de Cerrado no Paraná e em áreas disjuntas dentro de outros biomas (Floresta Amazônica). É a segunda maior formação vegetal do país, após a Floresta Amazônica, concentrando-se principalmente no planalto central brasileiro
O Cerrado é uma das regiões de maior biodiversidade do mundo, e estima-se que possua mais de 6 mil espécies de árvores e 800 espécies de aves. Acredita-se que mais de 40% das espécies de plantas lenhosas e 50% das abelhas sejam endêmicas.
Ao lado da Mata Atlântica, é considerado uma grande riqueza natural e de elevada biodiversidade, com reconhecimento mundial. Ou seja, um dos biomas mais ricos e, infelizmente, também dos mais ameaçados do mundo.