Mãe, posso beber dessa água?

Mãe, posso beber dessa água?

A bucólica Ilha de Paquetá, no meio da Baía de Guanabara (RJ), é um verdadeiro refúgio para cariocas e turistas que desejam se afastar da agitação das áreas urbanas. O pequeno paraíso é um bairro da capital fluminense com mais de 457 anos e que hoje é habitado por 3,6 mil pessoas. 

Apesar da história e do tempo, algumas famílias só tiveram acesso à água tratada e encanada recentemente, após o início das operações da Águas do Rio e da revitalização da estação de bombeamento. É o caso de Samara Gomes e sua família.

Moradores de colônia de pescadores celebram a água tratada em casa

“Minha filha me perguntou: mãe, posso beber dessa água?”, e eu respondi que sim, que ela podia beber. Em meus 31 anos de vida, a minha mãe nunca pôde falar isso para mim”, contou Samara, emocionada. Durante anos, sua família precisou recorrer à água de poço de qualidade duvidosa. 

Agora, isso é passado. Além da recuperação das estruturas de abastecimento existentes, a participação dos agentes de saneamento do Vem Com a Gente, programa de atendimento itinerante da concessionária, têm levado melhorias para os moradores locais.

“A comunidade está feliz e toda a minha família também. Nunca tinha visto água boa passando por esses canos. Aqui, era só água de poço. É muito gratificante ver isso”, completou Samara, da colônia de pescadores da Praia José Bonifácio, onde vivem outras 17 famílias que nunca haviam tido acesso à água tratada em casa.

Por ser uma ilha, a logística acaba sendo desafiadora. “Nossas frentes de trabalho vêm sendo gradativas em Paquetá, respeitando a característica do local, sem perder o foco de levar melhoria no abastecimento para os moradores”, afirma o diretor-executivo da Águas do Rio, Diógenes Lyra.

Dignidade aos moradores com respeito às características locais

“A analogia que costumo fazer para as obras de abastecimento de água, como essa em Paquetá, é: trocar uma única lâmpada é fácil, trocar todas as lâmpadas de uma cidade não é. Levar água para todos os lugares é um grande desafio. Cada família que alcançamos é importante para nós, pois isso significa levar dignidade, já que estamos desbravando regiões no Rio de Janeiro que passaram anos sem o serviço. Nosso trabalho é feito com o máximo de respeito às particularidades locais, sua história e moradores”, destacou o diretor-superintendente da Águas do Rio, Pedro Freitas.

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