Foi uma semana intensa de reflexão para mostrar a importância que a segurança tem no dia a dia da empresa durante todo o ano.
A SIPAT 2024 na Aegea mostrou também como um ambiente de trabalho seguro para todos depende de cada um – você só vai cuidar bem do outro e do seu entorno cuidando primeiro de você, do seu bem-estar e da sua saúde.
“Sua segurança movimenta nossa vida”
Para desdobrar o tema acima nos vários aspectos da nossa vida, a cada dia a SIPAT 2024 trouxe uma abordagem, com destaque para aqueles que envolvem as questões comportamentais. Entre eles, o trânsito seguro associado à sexta Regra de Ouro de Segurança, como agir frente à violência urbana e segurança 360 graus.
O CEO da Aegea, Radamés Casseb, fez a abertura falando de como o comportamento de cada um impacta no melhor atendimento para as mais de 31 milhões de pessoas atendidas nos mais de 500 municípios que a empresa atende.
“Levar água em segurança para a vida das pessoas, coletar, tratar e devolver o esgoto em condições melhores que o corpo hídrico que está recebendo esse material é cuidar do meio ambiente onde vivemos, é cuidar da saúde das pessoas e cuidar do coletivo de forma segura”, diz o CEO.
“O ponto crucial dessa jornada é cuidar melhor da gente, do processo, do time, enfim, cuidar de todos os que nos cercam e esse cuidado precisa estar conosco onde quer que a gente vá durante o ano inteiro, todo o tempo. Fortalecendo esse ambiente seguro a gente vai mais longe”, afirma.
O que estamos fazendo pela nossa segurança?
“Estamos em um movimento de muitas conquistas e temos um grande compromisso – refletir a cada momento o que estou fazendo pela minha segurança, dos meus colegas e para melhorar o meu ambiente de trabalho. A maior parte dos acidentes pode ser evitada e essa deve ser nossa meta”, diz o diretor de EHS da Aegea, Wagner Vicente.
“Toda empresa segura, onde os índices de acidentes se aproximam do zero, trabalha muito bem duas interfaces: a pessoa cuidar de si e cuidar do outro. Cuidar de si é olhar para os EPIs, seguir à risca as Regras de Ouro de uma forma verdadeira, conduzir o veículo de forma segura, enfim, decidir fazer”, diz o palestrante Ivo Neves.
Segurança é uma decisão
“Segurança é uma decisão consciente, uma escolha clara de cada indivíduo. Depois, cuidar de quem está ao lado é uma consequência, você precisa dedicar energia para isso. Precisa sair da sua zona de conforto para gerar uma capilaridade, uma conexão de cuidado diário da empresa toda”, afirma.
Para Ivo Neves, segurança é influenciar o outro sem autoridade, pois cada um de nós é um agente de transformação, independente se temos cargo de chefia ou não.
Ambiente seguro se faz com acolhimento, empatia e gentileza
“Isso é feito com gentileza, com empatia, com acolhimento, baseados na nossa cultura. Cultura são gestos, falas, posturas, atitudes diárias… É quando ninguém está olhando e você adota um procedimento correto quando está subindo em altura, quando dirige ou caminha em seu ambiente de trabalho. São atitudes que existem em uma cultura forte e é ela que vai sustentar o sucesso da empresa para o futuro”, pontua.
São cuidados que se refletem em nós mesmos. “Nossa saúde é plena, não se trata apenas de estar bem fisicamente, mas precisamos acolher e, principalmente, nos acolher quando algo não vai bem, pois uma pessoa com uma tristeza, com uma sobrecarga emocional pode causar um acidente. Saúde mental é um ponto de destaque para a segurança de todos. Cuidado deve ser ativo e atento”, finaliza.
Cuidados com a saúde mental
Estudos comprovam o que os colaboradores sentem na prática: ambientes onde as pessoas se sentem bem são menos propensos aos acidentes.
“Nesse momento de reflexão sobre segurança, é preciso destacar que a inteligência emocional também é uma maneira de termos um ambiente de trabalho mais saudável, de maior bem-estar e mais seguro, isso está provado em várias pesquisas, por vários indicadores”, afirma a vice-presidente de Gestão de Pessoas, Márcia Costa.
“Dentro da Cultura Aegea temos os comportamentos desejados que nos levam a esses ambientes mais saudáveis e seguros, como o respeito às pessoas, ao meio ambiente, a empatia, que estão diretamente ligados à inteligência emocional”, diz a VP.
Como ter leveza no dia a dia independente da agenda
Especialistas dizem que ter uma vida mais leve não significa abdicar de tarefas ou responsabilidades, mas sim dar novos significados e prioridades a cada uma delas.
Bruna Lola, do ZenKlub, psicóloga e especialista em saúde mental, falou na SIPAT 2024 como a inteligência emocional pode nos ajudar a ter mais leveza considerando que o trabalho é uma frente muito importante em nossas vidas.
“É claro que o nosso trabalho tem uma importância muito grande em nossas vidas, gera qualidade de vida, temos propósito e isso nos movimenta, mas não podemos focar apenas nele, temos que nos lembrar que existem outros lugares onde precisamos depositar atenção e afeição até para que possamos ser produtivos”, diz.
Como ser produtivo sem ultrapassar nossos limites?
A resposta veio com a palestra da SIPAT 2024 “Emoções à flor da pele: como gerenciar o esgotamento mental”. Uma abordagem sobre o impacto que elas têm em nossas vidas.
“Sabemos que ser produtivo hoje implica em fazer uma série de atividades, mas é preciso ficar atento aos limites pessoais. Um ponto bastante importante é não fazer do trabalho a única fonte de significado em sua vida”, aponta.
Autoconhecimento contra o estresse e Síndrome de Burnout
A dica da psicóloga é o autoconhecimento, saber quem é você além do seu papel profissional: quais os seus hobbies, como está a sua relação com os seus amigos e com a sua família. O segundo passo é abrir espaço na agenda para se dedicar todos os dias a essas atividades.
Segundo a especialista, a falta de cuidados diários com o equilíbrio da sua rotina pode levar ao estresse crônico e até a uma situação que tem se popularizado nos últimos tempos, a Síndrome de Burnout. O termo em inglês significa queima ou combustão e é usado para definir o esgotamento mental.
Reconhecendo os limites
“É preciso olhar para a sua rotina e reconhecer quais são os meus limites, quais são as outras faces da sua vida para que você consiga produzir de forma eficiente tendo uma boa relação também com as outras atividades e assim, evitar essa doença”, afirma.
“Burnout não é só um esgotamento mental, também é físico, então além de cuidar das suas atividades profissionais, dos seus limites, mantendo sua produtividade saudável, você também precisa cuidar do seu corpo, não só da mente”, diz.
Afinal, o que é o esgotamento?
Conceituada como resultante do estresse crônico, a Síndrome de Burnout é caracterizada por três dimensões:
1 – Sensação de esgotamento, de falta de energia. “O cansaço derivado das muitas atividades no dia a dia pode ser comum, mas se não forem tomadas as medidas necessárias para repor a energia, com outras fontes além do trabalho, o esgotamento mental pode se tornar crônico”, diz.
2 – Aumento da distância mental do trabalho, sentimentos de negativismo ou de cinismo relacionados ao trabalho; aqui já é uma atividade mais intensa, um segundo nível de profundidade em relação ao que a pessoa está sentindo. “Já é resultado de um estresse crônico contínuo, da falta de atenção ao cansaço da primeira fase”, afirma a psicóloga.
3 – Eficácia profissional reduzida. “É a dimensão mais complexa, que interfere em vários níveis na nossa vida, além do aspecto profissional. A pessoa tem prejuízos nas relações pessoais, não consegue ter o mesmo nível de atenção quando está conversando com um amigo ou exercendo uma atividade profissional e já é uma fase que pode levar ao adoecimento”, diz.
Sinais de alerta
Saber perceber os sinais de que algo não vai bem é fundamental para evitar chegar a um ponto extremo. Os sinais de esgotamento são:
- Perda de interesse nas atividades
- Falta de motivação
- Irritabilidade
- Depressão e ansiedade
- Sensação de que não descansou mesmo após dormir
- Baixa autoestima
- Dificuldade de concentração
- Pessimismo
- Cansaço excessivo
Diferenças emocionais
Está em dúvida sobre suas emoções? A especialista dá dicas de saber o que pode estar acontecendo.
O estresse é uma reação fisiológica desgastante de adaptação ao organismo. Pode ocasionar perda de apetite, sudorese e taquicardia.
Já a ansiedade é uma preocupação excessiva com os eventos da vida e com o futuro. Uma sensação natural, mas que pode estar em dose exacerbada. Os pensamentos tomam conta da mente de forma intensa e acelerada.
Por último, a depressão, que não é uma emoção, mas uma doença, mas pode ter sintomas semelhantes ao esgotamento. É a alteração do humor caracterizada por uma profunda e constante tristeza. Precisa ser tratada.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico deve ser feito por um profissional. “Não deixe de procurar ajuda aos primeiros sinais de esgotamento. Na Aegea, os colaboradores têm acesso ao ZenKlub, onde podem ser feitos os diagnósticos e tratamentos. Mas o melhor caminho é evitar, se cuidando. Rotina de exercícios e autoconhecimento”, diz.
“O que podemos fazer para encarar e evitar o esgotamento?”
A psicóloga apresenta seis passos para uma vida saudável:
1 – Escute o seu corpo e a sua mente. Repense seus limites.
2 – Explore possibilidades de autocuidado.
3 – O básico funciona: cuide do sono, da alimentação, do sono, faça atividade física e se relacione com quem faz bem.
4 – Negocie prazos quando necessário. Importante ter dimensão de gestão de tempo para você conseguir ter bons relacionamentos.
5 – Tenha um canal de comunicação claro.
6 – Busque suporte psicológico. Não é só para os momentos de doenças, mas também para organizar nossas faixas internas e evitar que os problemas se agravem.
Do que você tem saudade?
Para finalizar a palestra, Bruna Lola apresentou um gráfico onde estão várias áreas da nossa vida que resultam em uma vida equilibrada mental e emocionalmente. “Observem cada uma e vejam se estão dando atenção a todas ou se alguma requer mais atenção”, diz
São elas:
- Trabalho e carreira
- Espiritualidade
- Amor
- Lazer
- Intelecto
- Saúde
- Vida financeira
- Amigos e família
E você, está dando atenção a todas as fatias da sua vida?
Faça do autocuidado sua escolha diária. “Nós, seres humanos, somos como plantinhas. Precisamos de água, de sol, de cuidados e de condições adequadas para sobreviver”, diz Bruna.
