Conhecer as condições das redes de água, enterradas no solo e, portanto, não visíveis, é uma das grandes questões das empresas de saneamento. A Águas de Manaus (AM) adotou uma metodologia baseada na memória magnética das tubulações. É a primeira vez que o trabalho preventivo é realizado na capital.
Tecnologia russa
A tecnologia russa avalia a integridade das tubulações de grande porte de água tratada, as adutoras, que têm entre 150 mm e 1.800 mm. Do total da rede de abastecimento da cidade, que tem 3.630 km de tubulações de água, 245 km são de adutoras.
Para garantir que toda essa estrutura opere dentro da normalidade, a concessionária usa o “método de memória magnética”, MMM. O princípio é o de que as estruturas de materiais ferromagnéticos podem se magnetizar sob o campo magnético da terra e a influência das cargas exercidas sobre elas.
Desgastes medidos por sonda
As equipes da Águas de Manaus e da empresa Inspek, que tem a patente da técnica no Brasil, percorrem as principais adutoras da capital. Com equipamentos especializados, identificam os possíveis pontos de atenção, que podem apresentar problemas como desgaste da tubulação.
Para realizar o processo de rastreamento, o operador percorre a pé o caminho exato por onde as adutoras passam. Munido de uma sonda que consegue medir o campo magnético da tubulação, o colaborador faz as caminhadas sobre os trechos.
A concessionária contou com o apoio de agentes de trânsito do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), já que em alguns trechos as equipes precisam andar literalmente no meio da rua.
Ação preventiva
A memória magnética apontar os locais onde houve desgaste. A partir daí, com os dados em mãos, a empresa consegue agir preventivamente, planejando ações que possam aumentar a segurança operacional, reduzir os riscos de manutenções emergenciais, rompimentos ou qualquer tipo de impacto causado por desgastes nas tubulações.