Mesmo tendo ultrapassado a meta contratual para o abastecimento, que era de 96%, a Águas de Penha (SC) continua investindo no sistema. A cidade de Penha, com pouco mais de 33 mil habitantes (IBGE, 2020) no litoral de Santa Catarina, já tem 100% de rede de abastecimento de água.
Combinação de diferentes técnicas para abertura de novo poço
Agora, para atender aos moradores dos bairros São Cristóvão e São Nicolau, com maior segurança no abastecimento, a solução é a abertura de novo poço. Para isso, a concessionária está utilizando uma combinação de diferentes técnicas de investigação do subsolo.
A ideia é identificar a área mais promissora para a perfuração de um poço tubular de grande profundidade (artesiano). Edgar Pane, geólogo da Geoanalisys Consultoria Geofísica, especializada em análises de solos que está a serviço da concessionária, explica que metodologias distintas estão sendo usadas em cada uma das áreas pesquisadas para identificar o melhor local para perfurar o poço.
Os estudos estão sendo realizados em cinco áreas dos bairros São Nicolau, São Cristóvão, Santa Lídia e Pedreira. “A vantagem deste processo é garantir o maior sucesso da exploração”, pontua o geólogo. Na pesquisa, a empresa está utilizando o sistema de eletrorresistividade com duas técnicas distintas: Caminhamento Elétrico (CE) e Sondagem Elétrica Vertical (SEV).
Essas técnicas combinam a investigação geológica e a hidrogeologia, além da chamada investigação geofísica de eletrorresistividade, ou seja, usa a eletricidade para mapear e identificar áreas com maior potencial para perfuração de poços de água subterrânea.
Gabriel Fasola, coordenador operacional da concessionária, explica que o estudo está sendo feito em função de um planejamento da Águas de Penha. É preciso considerar mais esta fonte de água para o abastecimento dos bairros, aumentando a segurança hídrica, segundo ele.
“A partir do estudo, o diagnóstico vai mapear a possibilidade de perfuração do poço e da sua utilização para o abastecimento público”, completou.