O Mês da Filantropia Negra 2022 é um evento mundial com painéis de debates e troca de conhecimentos. Promovido pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE), em parceria com a The WISE Fund, tem patrocínio da Aegea e Instituto Aegea. O Filantropia Negra alcança 19 milhões de pessoas em 60 países.
O principal objetivo do movimento que surgiu nos Estados Unidos em 2011 é dar visibilidade à prática filantrópica de pessoas e organizações negras. Quer mostrar também a importância da equidade racial no investimento social privado. Realizado pela segunda vez no Brasil, o tema é “Força – a urgência do agora! Do sonho à ação!”.
Um novo dia para a equidade
A abertura aconteceu em 4 de agosto, de forma presencial com transmissão pelo Youtube. Bouvier Copeland, do The WISE Fund, deu as boas-vindas e convocou negros e pessoas aliadas em todo o mundo a criar um novo dia de financiamento de equidade para nossas comunidades.
Jackie lembrou que o Brasil tem a maior população negra fora da África, uma profunda e rica tradição de filantropia negra. Tem também o outro lado da moeda, disse ela, por causa do persistente racismo sistêmico e por isso, tem um longo caminho a percorrer, financiando a equidade racial com a GIFE.
A justiça não pode esperar
Citando um texto de Martin Luther King, justificou o tema do evento de 2022: “por mais cansados que estejamos, por mais oprimidos que estejamos, a justiça não pode esperar”. Segundo ela, a crise é uma oportunidade construtiva e devemos encontrar maneiras de sustentar nossa energia para agir em conjunto, pois o racismo é um desafio global.
Keilla Martins, coordenadora do programa de igualdade e diversidade racial da Aegea, o Respeito Dá o Tom, representou a Aegea na abertura do evento. Em sua participação, destacou o comprometimento do Instituto Aegea e de toda a empresa com a pauta racial e o trabalho desenvolvido por meio do Respeito Dá o Tom, que completa cinco anos.
Aumento da participação de negros e mulheres na liderança da Aegea
A coordenadora falou sobre a emissão dos bonds sustentáveis realizados pela Aegea, com metas para aumentar a participação de negros e mulheres na liderança da empresa até 2030. Keilla disse também como a busca do Instituto Aegea por mais equidade racial movimenta vidas nos municípios onde a empresa atua.
Cassio França, secretário-geral do GIFE, apresentou a plataforma que tem 160 associados e movimenta em torno de R$ 5 bilhões por ano. Segundo ele, o grande desafio do setor do investimento social privado é que é preciso fazer mais do já foi feito e não temos mais tempo a perder. “O meu compromisso público com vocês é fazer melhor do que já fizemos até agora e que essa pauta não esteja limitada aos meses de agosto e novembro”, disse.
Filantropia Negra
Logo depois, a palestra “A filantropia negra no século XXI, os aprendizados do passado e os desafios do hoje”, por Aline Odara, diretora-executiva do Fundo Agbara. É o primeiro e único fundo filantrópico para mulheres negras. Luana Genot, do Instituto Identidades do Brasil, ID_BR, liderou o painel de debates sobre experiências brasileiras na área.
Assista ao evento na íntegra em: https://www.youtube.com/watch?v=fDRwrGhw0Ks