13 de maio: dia de luta contra o racismo

13 de maio: dia de luta contra o racismo

Antes, o 13 de maio era conhecido como o Dia da Abolição da Escravatura. Mas, com o tempo, a sociedade começou a entender que não deve ser uma data a ser celebrada, mas, sim, que sirva como uma referência contínua sobre o tema, pois ainda há muito o que se fazer para uma reparação histórica digna. 

Atualmente, o 13 de maio, dia em que em 1888 a princesa Isabel assinou a Lei Áurea que, oficialmente, determinava o fim da escravidão, ficou conhecido como o  Dia Nacional de Luta Contra o Racismo. Ou ainda o Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo. A data é importante para lembrar a importância de buscar mecanismos para garantir mais equidade.

Respeito Dá o Tom: cada um tem um papel importante

“Tem um racismo, um preconceito velado, que é passado até de pai para filho, então existe uma missão nossa, enquanto indivíduo, pessoas que conhecem a história, de mostrar para os que estão mais próximos as expressões e comportamentos equivocados. Cada um de nós importa para fazer a mudança”, afirma Jhonatan Santos, analista de Responsabilidade Social da Águas Guariroba.

Para ele, é preciso também cobrar das autoridades, dos responsáveis por políticas públicas, para mudar o cenário que está aí. “Racismo é crime, não podemos ser coniventes, cruzar os braços e acreditar que está tudo bem, pois não está e nunca é só contra uma pessoa, mas sim, contra nossa sociedade. Neste sentido, aqui na Aegea temos o Respeito Dá o Tom, que traz informações importantes para ajudar nesse processo de mudança.

Reparação histórica

Último país da América a oficializar o fim da escravidão, o Brasil foi o maior destino de tráfico de africanos no mundo – quase cinco milhões de pessoas, – como mostra a BBC Brasil. O que aconteceu a partir da assinatura da lei que decretou o fim da escravidão ainda hoje é motivo de luta. A integração social dos negros libertos ainda é reinvidicada pelo movimento negro.
A reparação histórica que precisa ser feita sobre a data coloca em destaque duas palavras bem parecidas: igualdade e equidade. Enquanto a primeira resume um princípio fundamental para as sociedades democráticas, a segunda exige o reconhecimento das desigualdades existentes para assegurar proteção aos grupos vulneráveis.