Uma corrente do bem se formou em todo o País, com voluntários unidos pela solidariedade para mitigar os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul. Por meio dela, pessoas estão sendo resgatadas das áreas destruídas pelas enchentes, doações chegam de todas as partes.
A Corsan-Aegea está mobilizada para ajudar os atingidos pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul, mobilizando equipes em uma força-tarefa ininterrupta, com soluções emergenciais imediatas.
Técnicos e voluntários de outras unidades da Aegea
Sem energia elétrica, as bombas que impulsionam a água das estações de tratamento para residências e empresas não funcionam, causando o desabastecimento.
Técnicos em eletromecânica de outras unidades da Aegea no País estão auxiliando no reparo dos equipamentos danificados pelas cheias. A Corsan também colocou seus times à disposição das operadoras de energia para contribuir com o restabelecimento da normalidade dos serviços.
A Corsan Aegea está restabelecendo, aos poucos, o abastecimento em alguns municípios. Para quem está tendo acesso à água, a orientação é para que seja feito o uso consciente, para consumo próprio e de higiene pessoal.
Esforços conjuntos entre empresas de saneamento
Entendendo a situação e atendendo a um pedido do governo do estado e de diversas prefeituras, além desta força-tarefa a Corsan está prestando socorro também aos municípios não atendidos pela Companhia, coordenando esforços envolvendo outras empresas de saneamento, de vários estados.
Juntas, elas vão auxiliar, por meio de técnicos especializados, na normalização do abastecimento das cidades mais atingidas pelas cheias, mesmo que não integrem o sistema Corsan.
A Copasa (MG) enviou cinco equipes com quatro integrantes (duas para Porto Alegre, uma para São Leopoldo, uma para Santa Tereza e uma para Muçum). Já a Sabesp (SP) se comprometeu a enviar 28 técnicos para atender cidades do Vale do Taquari, Região Metropolitana e a capital gaúcha.
Além da orientação acerca dos serviços a serem realizados, a Corsan-Aegea está disponibilizando logística, equipamentos, veículos e EPIs para o trabalho destas equipes.
Medidas emergenciais e trabalho para restabelecer o abastecimento
Em relação aos municípios do sistema Corsan, a companhia tem concentrado todos os seus recursos para restabelecer o abastecimento nesses locais.
Ao mesmo tempo, a empresa adota medidas emergenciais com a utilização de caminhões-pipa, geradores, perfuração de poços, reservatórios móveis, estações de tratamento volantes entre outras medidas de mitigação.
Outras ações emergenciais
Em função das fortes chuvas, a empresa intensificou o monitoramento e alerta nas 35 maiores barragens da companhia. Faz um pedido para que a população evite as áreas do entorno.
Foram instaladas 30 caixas d’água comunitárias para atender aos moradores de sete municípios. Foram mobilizados 55 caminhões-pipa e 47 geradores instalados para suprir a falta de energia elétrica nos sistemas operacionais em cidades com acesso rodoviário.
A companhia também mobilizou três helicópteros e um avião para auxiliar no envio de equipamentos e técnicos para as regiões afetadas, quando as condições climáticas permitem.
O time de mergulhadores em Bento Gonçalves foi reforçado para desobstruir redes de captação de água que estão submersas.
Maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul
Os quilômetros de inundação sem precedentes por todo o estado afetaram aeroportos, rodoviárias, hospitais, ruas e cidades inteiras, inclusive a Região Metropolitana de Porto Alegre (RS). A tragédia deixou moradores ilhados, sem energia elétrica, com sistemas de comunicação prejudicados, sem água potável, enfim, sem o mínimo para a sobrevivência.
A calamidade provocada pelas enchentes é considerada a maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, nos últimos 60 anos. São mais de 1,4 milhão de moradores impactados diretamente com as enchentes, mais de 130 desaparecidos e mais de 370 pessoas feridas, exigindo um chamado à ação rápida e eficaz que tem mobilizado todo o País.
Enchente cria situação de calamidade pública em 265 municípios
No último domingo, 5 de maio, eram 265 municípios declarados pelo governo do estado em situação de calamidade pública. Segundo o governador Eduardo Leite, dois terços do estado estão em situação de risco por causa do evento climático extremo.
Mais de 150 estradas federais estão interditadas, parcialmente ou totalmente, com queda de pontes, desabamentos e rompimento de vias. As chuvas, que começaram em 24 de abril, atingiram um volume jamais visto. Segundo um instituto de meteorologia, a chuva dos últimos dez dias equivale à média registrada para cinco meses inteiros na região.
Famílias perderam seus entes queridos, animais, suas casas, lavouras e pertences na maior enchente já registrada na história. Na noite de 6 de maio, o Rio Guaíba ainda estava cinco metros acima do normal, sem previsão de baixar.
As áreas mais afetadas: cheias paralisam estações
No sábado, dia 4 de maio, a situação era crítica na área metropolitana. Estações de tratamento de água (ETAs) e esgoto (ETEs) atingidas pelas cheias foram paralisadas. A única ETA em funcionamento na região era a de Gravataí. Até que o nível das águas baixe, não há previsão de retomada dos serviços.
Na mesma data, 64 municípios atendidos pela companhia estavam sem abastecimento de água. A estimativa era que a interrupção no fornecimento de água alcançou 906 mil imóveis. No Planalto e Missões, 11 municípios somam 16 mil famílias afetadas.
Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Esteio, Guaíba, Sapucaia e Viamão estão desabastecidas. O que significa que 557 mil imóveis foram afetados com a interrupção dos serviços. A recomendação aqui também é de uso prioritário da água para serviços básicos, já que haverá racionamento.
SOS Rio Grande do Sul: veja como ajudar
Toda a Aegea está mobilizada para ajudar os atingidos pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul. As doações prioritárias são colchões, roupas de cama, banho e cobertores, direcionados à Defesa Civil do RS.
Caso seja do seu interesse, o governo do estado orienta que seja feita doação via PIX, para a conta SOS Rio Grande do Sul: CNPJ 92.958.800/0001-38, Banco do Estado do Rio Grande do Sul.
Doações via agência dos Correios
As agências dos Correios do Nordeste, Sudeste, Sul e do Distrito Federal estão recebendo as doações e distribuindo para moradores de 39 cidades gaúchas.
Podem ser enviados produtos como água – a prioridade do momento, alimentos da cesta básica, material de higiene pessoal e de limpeza a seco, roupas de cama e banho. Recebem também ração para animais, como cães e gatos. O envio dos itens deve ser feito entre das 8h00 às 17h00.