Quando se fala em emissão de gases de efeito estufa, o GEE, ou GHG, em inglês, abreviação para greenhouse gas, os setores industrial, elétrico e de transporte são os maiores emissores globais.
As emissões das atividades de saneamento são avaliadas por subsetores – em relação aos resíduos e aterros sanitários, a emissão foi de 4%, e o tratamento de águas residuárias, de 1,3%, de acordo com o WRl, 2022.
Mesmo assim, gerenciar cuidadosamente as emissões, implementando práticas de tratamento adequadas tem sido foco na jornada da Aegea, principalmente com o avanço do saneamento rumo à universalização.
Mais alto nível de qualidade na elaboração do inventário
Outra prática é o inventário de emissões dos gases de efeito estufa por meio do Programa Brasileiro GHG Protocol, principal plataforma de registros públicos de emissões de GEE por meio de ferramentas precisas.
Pelo terceiro ano consecutivo, a Aegea recebeu o Selo Ouro, um reconhecimento que o inventário apresentado atingiu o mais alto nível de qualidade, como parte de uma agenda de combate às mudanças climáticas nas organizações.
Compromisso com a sustentabilidade e a transparência
A análise é feita por meio de um balanço completo e auditado das emissões, reforçando o compromisso da empresa com a sustentabilidade e com a transparência na gestão.
“Ter o selo do Programa Brasileiro GHG Protocol reforça o compromisso e a transparência da Aegea na divulgação do inventário auditado de Gases de Efeito Estufa, que são os que contribuem para o aquecimento”, explica Laís Salvino, gestora da área de Carbono e Lodo da Aegea.
Trabalho em conjunto com as unidades
A construção do inventário de emissões de gases do efeito estufa da Aegea é realizada pelas áreas de Gestão de Carbono, na Engenharia, e de Meio Ambiente, além das unidades de negócio da companhia.
“A área de meio ambiente faz a gestão de indicadores e a validação conjunta dos dados depois que são processados, analisando os números com a realidade das operações do ponto de vista de gestão ambiental e da gestão dos ativos”, diz Maíra Sugawara, coordenadora de Qualidade Ambiental.
“A preocupação da Engenharia é também o que fazer com as emissões, buscar sempre maior sustentabilidade, e o Meio Ambiente é com a mensuração das emissões, ver as fontes, a metodologia usada”, afirma.
“Essa construção tem todo um trabalho envolvido para reunir as informações operacionais da Aegea e em todo o processo tem uma preocupação muito grande com a transparência, em registrar os dados que refletem a nossa operação, sem omitir nenhuma fonte de emissão”, aponta Laís.
Processo envolve auditoria externa
O processo para a obtenção do Selo Ouro envolve duas etapas principais. “Abordar e calcular todas as nossas fontes de emissões associadas às nossas operações, e segundo, passar por um processo de auditoria onde vai ser verificado se tudo está de acordo com o programa”, conta Laís.
A auditoria é externa e esse ano foi feita com a ABNT, para saber se os cálculos das emissões foram realizados conforme as regras do GHG Protocol e do IPCC.
Validação por amostragem feita na Prolagos
“A validação é feita por amostragem e este ano foi feita na unidade da Prolagos (RJ). A partir daí, ficamos aptos a ser certificados com o Selo Ouro no Programa GHG Protocol”, diz.
O próximo passo é divulgar o inventário no Registro Público de Emissões, uma plataforma pioneira no país que conta com a maior base de inventários organizacionais públicos da América Latina, com mais de 4.000 documentos.
Além de Laís Salvino, participaram da construção do inventário das emissões da Aegea a Joseane Cavalcante Dias e a Rafaela do Amaranto.
Mais sobre o Programa GHG Protocol
A Fundação Getúlio Vargas fez um evento presencial, em São Paulo, com transmissão online para a entrega das certificações às empresas.
O Programa GHG Protocol foi desenvolvido pelo FGVces e WRI, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e outras 27 empresas fundadoras.