Você está passando pela rua e se depara com fitas e telas de proteção, cones e placas indicativas para não ultrapassar e indicando um novo trajeto. Vontade de se arriscar e seguir em frente, passando pelo meio da obra?
O que pode parecer preciosismo da empresa que está executando os serviços, é resultado de uma série de cuidados estudados e planejados para proteger a integridade e a vida de também quem passa por ali, não só de quem trabalha no local.
Para a Aegea, os cuidados são tão importantes que fazem parte das 10 Regras de Ouro de Segurança da Aegea. Os serviços de escavação são a 4ª regra, pois estão entre as atividades mais comuns em serviços de saneamento.

Segurança nos serviços de escavação é foco da 4ª Regra de Ouro
Toda e qualquer ampliação de rede, com instalação de novas ligações de água e esgoto, exigem a abertura de valas, que é a retirada de parte do solo de um terreno para atingir a profundidade correta para a colocação de tubos que irão conectar a água e/ou o esgoto de sua casa, garantindo mais saúde para a população.
Para que o trabalho seja feito em segurança, é preciso isolar e sinalizar a área em torno de onde a escavação será feita. Apenas os colaboradores da atividade, que foram devidamente treinados para a função, devem ter acesso ao local.

Cuidados devem começar antes da saída para o campo
“Todo serviço de escavação é uma atividade que apresenta riscos e, para mitigá-los, os cuidados devem começar bem antes do início do trabalho em campo”, afirma o gerente de EHS da Regional 3 da Aegea, Jaime Teles.
A realização da Permissão de Trabalho (PT), da Análise Preliminar de Risco, a APR e do DDS, o Diálogo Diário de Segurança, são outros procedimentos padrões de segurança.
“Além disso, todos verificar os EPIs e os EPCs, que são os equipamentos de proteção individual e coletivos. Checar também os equipamentos que serão utilizados e fazer a sinalização da área”, relata.
Com uma longa experiência em canteiros de obras, o engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho, com MBA em Qualidade, Saúde e Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, e mestrado em Tecnologia Ambiental, garante que até os serviços de escavação aparentemente muito simples exigem todos os cuidados.
“Mesmo tendo feito análise de solo, conhecendo o terreno muito bem, pode haver imprevistos. Se tudo estiver dentro dos padrões exigidos, o risco de acidentes é mitigado”, afirma.
Uso do blindado para garantir segurança
A partir de 1,25 m, é obrigatório usar medidas de controle e escoramentos que garantam a estabilidade do talude para toda atividade de escavação.
O mais comum é o blindado, um equipamento que faz o escoramento da vala para evitar deslocamento de terra e evitar soterramentos. “O colaborador precisa acessar o blindado por meio de escadas para a realização de suas atividades em segurança”, diz.
“Em Fortaleza (CE), na Ambiental Ceará, houve casos de uma vala de seis metros de profundidade, devido à passagem de ramais de captação de esgoto. Nestes casos, os blindados são maiores e mais reforçados”, disse.
Sem o blindado ou equipamento semelhante, acima de 1,25 m, é proibido entrar na área que será escavada, reforça o gerente de EHS.
Regras alinhadas à cultura da Aegea
As unidades da Aegea estão fazendo uma ampla conscientização sobre as Regras de Ouro de Segurança, que foram desenvolvidas em alinhamento com os comportamentos desejados da cultura da empresa.
Ter o senso de dono, cada um se apropriando da responsabilidade de fazer com que o todo funcione, tendo compromisso com o outro e com o entorno, é essencial para mitigar riscos e trabalhar em segurança.
Ao senso de dono se juntam a colaboração e o trabalho em equipe, outros comportamentos desejados da Cultura da Aegea que fazem com que os colaboradores sejam engenheiros da ordem e profissionais além da conta, dois dos talentos da empresa.
Trabalho humanizado para além da empresa
“Eu costumo questionar, antes da execução dos serviços, se os colaboradores estão se sentindo seguros. Pergunto se colocariam algum membro da família trabalhando naquele serviço de escavação. Seu filho, pode entrar aqui?”, conta Jaime.
“Daí as pessoas pensam, refletem e só iniciam quando realmente estão seguros. Dessa forma, humanizamos o trabalho, pois estamos cuidando de pessoas e é importante mitigar os riscos”, afirma o gerente de EHS da R3.
“Outro ponto importante é que nosso trabalho é realizado nas comunidades, às vezes muito próximo dos moradores, então precisamos ter todo esse cuidado, para evitar que eles acessem o local”, diz. “Precisamos ser extremamente rigorosos com a circulação de pessoas na área. Tudo para que, ao final, quando a sair, fique só mais uma nova ligação para trás, fazendo o saneamento avançar rumo à universalização. Por isso, dizemos sempre: segurança para um presente mais azul!”, finaliza.