Acordar e não ter água em casa para dar banho nas crianças que vão para a escola. Dormir sem saber se vai ter água no dia seguinte para cuidar do básico: cozinhar, limpar a casa, lavar a roupa. Caminhar mais de três quilômetros para buscar água e terminar a obra de construção da casa própria.
No Brasil, quase 32 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água tratada e enfrentam situações como essas. Muitos nem imaginavam a importância de morar em um local com água e esgotos tratados.
Desafios superados: a água em casa para construir a moradia
Um exemplo é o de Clodoaldo José da Rosa, de 48 anos, morador de Campo Grande (MS). Ao chegar à comunidade Homex, encontrou um lugar sem estrutura. Enfrentou diversos desafios devido à ausência de água tratada e rede de esgoto. Para construir sua casa, precisava buscar água ou das poças de chuva ou caminhando cerca de três quilômetros até um córrego.
Mesmo após terminar a casa, a falta de água continuava. Com um balde pequeno, Clodoaldo e a família se viravam para beber, cozinhar e se lavar. O banho tinha hora marcada, vindo de um “mangueirão” — cano comunitário que atravessava várias casas. Muitas vezes ele rompia, o que gerava uma enorme frustração entre os moradores.
Com a regularização do bairro, vieram também as redes de água e esgoto e esses desafios foram superados. A chegada do saneamento trouxe também ações sociais, benefícios aos moradores e direitos básicos, como ter um endereço.
A Homex passou a ter mais dignidade, segurança e qualidade de vida. Graças aos serviços da Águas Guariroba, os moradores sabem como o saneamento transforma vidas.
A água que nos une: abastecimento em Manaus
Do Centro-Oeste, vamos para o Norte. Entre as duas regiões, muitas coisas mudam — menos o compromisso da Aegea com populações vulneráveis. Apesar da cultura e geografia tão distintas, a Aegea tem um mesmo jeito de atuar: dando prioridade para as populações de áreas vulneráveis. Foi assim que, há dois anos, a vida de Ivete Mura mudou completamente.
“Não preciso mais acordar de madrugada ou passar grande parte do meu dia carregando baldes e garrafas. Posso dormir tranquila, pois sei que terei água em casa na hora que eu abrir a torneira. Isso é uma grande vitória”, diz.
A fala da dona de casa simbolizava o sentimento dos moradores da comunidade Coliseu, na zona Leste de Manaus, quando os serviços de saneamento, levados pela Águas de Manaus, chegaram ao lugar.
Por ter nascido de uma ocupação, a infraestrutura do local foi improvisada e os moradores recorriam a fontes irregulares, como cacimbas, igarapés e poços artesianos sem padronização para ter o mínimo de água para o consumo.
A história vem se repetindo em vários outros pontos da cidade, com as redes de água e esgoto sendo ampliadas, ao mesmo tempo em que as doenças por veiculação hídrica diminuem (veja matéria sobre o tema aqui no Aegea Blog).
Acompanhe aqui outras histórias de como o acesso à água tratada une pessoas em todo o Brasil.