O Respeito Dá o Tom, programa de igualdade da Aegea, dá mais um passo em busca de mais consciência na empresa e na sociedade com um trabalho voltado para a valorização da cultura indígena.
Ao comemorar o Dia da Pessoa Indígena, no dia 19 de abril, lança uma campanha que tem foco conscientizar a todos sobre a apropriação cultural indígena – quando um elemento é usado fora do seu contexto original.
Também aproveita a ocasião para desmistificar termos que parecem adequados ao fazermos referência sobre essa cultura, mas que estão longe de serem os corretos.
Para apoiar essa iniciativa, o Programa Respeito Dá o Tom está contando com Mari Wapichana, indígena e influenciadora digital.
Assim, o idioma e jeito de falar, a beleza e diversidade dos cocares, vestimentas e pintura, por exemplo, assumem outro sentido, podem se esvaziar e perder o significado se transformadas em fantasia carnavalesca.
Cultura indígena não é fantasia
“A apropriação cultural colabora para o racismo estrutural e reforça estereótipos”, diz o texto de uma das peças da campanha. “Se fantasiar de índio também inferioriza toda a luta dos povos indígenas, apaga a diversidade e a batalha por reconhecimento” é outro trecho. E finaliza orientando que a cultura indígena não pode ser considerada uma “fantasia”.
O Comitê do Respeito Dá o Tom da Aegea em Timon (MA) e em Teresina (PI) reforça o tom da campanha apresentando expressões equivocadas que também incentivam o preconceito. “Programa de índio”, ”Índio é preguiçoso, não gosta de trabalhar”, ”Você mora em uma tribo?” são algumas delas. A ideia é que as pessoas reflitam sobre o significado por trás de cada uma e revejam a maneira como se posicionam sobre isto.
Treinamento para liderança
Além da conscientização, que acontece por meio das peças, palestras e uma live marcada para o próximo dia 29 de abril, o Respeito Dá o Tom realizará um treinamento para os líderes da Aegea, feito em parceria com o Instituto Identidades do Brasil, o ID_BR. Um momento de troca de informações para que a liderança reflita, analise a pauta racial e ajude a disseminar os conhecimentos para ações efetivas no dia a dia das empresas contra qualquer tipo de preconceito e discriminação.
“A sociedade reforça estereótipos e, quando refletimos sobre eles, podemos não só mudar, mas influenciar comportamentos. O objetivo é estimular que as lideranças adotem ações antirracistas e impactem positivamente outras pessoas, tornando-se referência aos demais setores da empresa”, afirma Keilla Martins, coordenadora do Respeito Dá o Tom. O programa da Aegea comemorou quatro anos e tem sua atuação reconhecida no mercado.
