A celebração do Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril, trouxe à tona a importância de dimensionar o impacto dos investimentos em saneamento para a melhoria da saúde pública. Estudos realizados pelo Instituto Trata Brasil mostram que o acesso aos serviços repercute nos índices de saúde do país e na qualidade de vida da população.
Afinal, ter água e esgoto tratados contribui diretamente com a redução da incidência de doenças de veiculação hídrica, como diarreia, dengue, cólera, hepatites e doenças de pele, por exemplo. Algumas delas figuram entre as principais causas de morte na infância.
Ações que mudam a realidade da população atendida

“A Aegea é líder no setor privado e tem como premissas em seu modelo de negócios uma atuação que vai além do aspecto operacional. São ações que resultam em mudanças na realidade da população atendida, principalmente nas regiões mais vulneráveis, que ainda sofrem com baixos índices de atendimento”, destaca o CEO da Aegea, Radamés Casseb.
Redução de 130% nas internações em Teresina
Os impactos positivos das iniciativas Aegea são perceptíveis em várias cidades atendidas pela empresa. Na capital do Piauí, onde atua a Águas de Teresina desde 2017, as internações decorrentes de diarreia caíram de 419 para 131. Uma redução superior a 130% entre os anos de 2017 e 2021.
Já os casos de dengue foram reduzidos em 66% e as hospitalizações diminuíram cerca de 20%, no mesmo período. Quando o assunto é chikungunya, os dados são ainda mais surpreendentes, pois somente em 2021 a incidência caiu de 2.608 para 75 casos.
Ao longo do ano, as internações hospitalares foram reduzidas em 94%, sem registros de óbitos. “Os investimentos em saneamento estão diretamente ligados às melhores condições de vida da população, o que reflete na qualidade da saúde pública de cada região”, pontua Casseb.
“Nossa atuação em Teresina garantiu a universalização do abastecimento de água na zona urbana da cidade em 2020 e contribuiu para que o município encerrasse o ano de 2021 com aproximadamente 40% de cobertura de esgoto”, afirma.
Queda de 91% nas hospitalizações em Campo Grande
Em Campo Grande (MS), atendida pela Águas Guariroba, a melhoria e a expansão dos sistemas de água e esgoto resultaram em uma queda de 91% nas hospitalizações. O levantamento analisou dados entre 2013 e 2015, considerando a taxa de internação a cada 100 mil habitantes.
A empresa entende que a mudança do setor precisa passar também por um olhar para localidades fora dos grandes centros. Desde 2015, a Aegea é responsável pela coleta e tratamento de esgoto na cidade de Serra (ES).
Avanços na saúde pública de Serra

Entre os anos de 2012 e 2019, os índices de internações por Doenças de Veiculação Hídrica ou Respiratória foram reduzidos em 39%, segundo estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil.
Estes avanços foram possíveis graças aos investimentos em esgotamento sanitário alavancados pela ação cooperada da Parceria Pública-Privada entre a Cesan e a unidade local da Aegea, a Ambiental Serra.
“Dos principais investimentos realizados no período pela PPP, destacam-se o forte avanço na ampliação das redes de esgoto, significativa alavancagem na ligação de imóveis à rede coletora e os investimentos para melhorar a eficiência do tratamento do esgoto”, recorda Radamés.
Cerca de 8,5 milhões a menos nos custos com saúde
A pesquisa estima que a universalização do saneamento no município tenha possibilitado a redução dos custos com saúde em cerca de R$ 8,5 milhões de reais por ano e o registro de uma crescente valorização imobiliária, promovida pela universalização do saneamento, que deve alcançar a marca de R$ 4,9 milhões de reais por ano. Estas análises devem figurar no período que segue de 2020 a 2040.