Além do trabalho preventivo, de conscientização, dos cuidados com a qualidade de vida, tendo a ética e a integridade como comportamentos desejados na cultura da empresa, a Aegea dá mais um passo em prol do bem-estar dos colaboradores.
No final de agosto, foi lançado o novo Canal de Acolhimento da companhia. O canal pode ser acessado de maneira gratuita por qualquer colaborador da em todo o Brasil e o atendimento acontece das 8 às 20h, de segunda à sexta-feira.
“A inclusão desse novo canal é para envolver o viés do acolhimento, tão importante, mas nem sempre presente nas agendas corporativas relacionadas ao desvio de conduta”, afirma o gerente de Integridade da Aegea, Vitor Albamonte.
Atendimento especializado em todo o processo
“O Canal de Acolhimento tem por finalidade atender, exclusivamente, relatos de assédio sexual e discriminação. A diferença deste canal para o Canal de Ética da Aegea, que já existia, é que nele o atendimento é especializado e proporciona à vítima a escuta humanizada”, diz Albamonte
Ele explica que, além de proporcionar a estrutura necessária para a denúncia e tratamento de casos relatados, o que é oferecido no Canal de Ética, o de acolhimento abrange o momento da “pós-denúncia”.
“O que acontece depois e como podemos auxiliar as vítimas a lidar com as situações pelas quais podem passar? Foi pensando nestas questões que passamos a proporcionar o Canal de Acolhimento”, afirma.
Assistência de psicólogos: conforto e segurança
O Canal de Acolhimento da Aegea conta com a assistência de psicólogos, que trazem conforto e segurança à vítima quanto aos relatos feitos. Os registros seguem o mesmo trâmite das denúncias no Canal de Ética.
“Importante lembrar que, quem sofre assédio sexual, racismo ou qualquer tipo de preconceito, na maioria das vezes se sente culpado pela situação, por isso é importante ter a escuta humanizada, feita por especialistas”, afirma.
“Tudo é feito com sigilo e os registros são recebidos pelo parceiro externo e têm o tratamento acompanhado pela Diretoria de Integridade. Além disso, entendemos que cuidar da segurança psicológica poderá ajudar, inclusive, a aprimorar futuras denúncias, ampliando a pertinência nas apurações e nos ajudará a fortalecer a gestão de consequências”, diz.
“É importante reforçar que nosso Canal de Ética permanece ativo, com o mesmo propósito”, reforça o gerente. “Mais do que o incentivo para que as pessoas denunciem, a ideia é que elas se sintam acolhidas naquele momento e em todo o acompanhamento que será feito, dependendo de cada caso”, finaliza.
A realidade do mercado
Recentes pesquisas sobre assédio e discriminação no mercado de trabalho mostram dados bem preocupantes sobre o tema. Há, por exemplo, um levantamento do site Vagas.com que diz que 52% dos brasileiros relatam já terem sofrido assédio no mercado de trabalho.
Uma outra pesquisa, com dados ainda mais alarmantes, como o Mapa do Assédio no Brasil 2023, da KPMG, que cita que entre as empresas respondentes (1000 das maiores do país), esse número salta para 80%.
Esse último panorama diz que 55% das vítimas optaram por não denunciar as situações pelas quais passaram e que um em cada três casos de assédio relatados ocorreram no ambiente de trabalho.
Os registros feitos em função das ocorrências em empresa resultam em um número muito maior do que as situações vivenciadas em estádios de futebol, por exemplo, que são ambientes reconhecidamente hostis.