O novo Marco Legal do Saneamento estabeleceu a próxima década como prazo limite para a universalização dos serviços no país, ampliando a possibilidade de investimentos privados no setor. O Rio de Janeiro, detentor da maior concessão do gênero no Brasil, demandará de investimentos, tecnologia e qualidade operacional para produzir os avanços sociais e ambientais que o saneamento básico deverá proporcionar.
Na tentativa de alavancar o setor, uma comitiva alemã conheceu o trabalho da Águas do Rio. Os executivos e especialistas visitaram a sede da empresa, a comunidade da Mangueira e a Estação de Tratamento de Esgoto Alegria, na Zona Norte da capital. Promovida pela Aegea e pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, a visita do grupo abriu a possibilidade de parceria entre os países nas áreas de tecnologia e inovação.



Atuação sustentada nos pilares ESG
O diretor institucional da Águas do Rio, Anselmo Leal, apresentou os resultados já alcançados em apenas um ano de atuação, como o abastecimento regular para 250 mil famílias que passaram a ter água tratada e encanada pela primeira vez em suas casas.
“Nossa gestão se sustenta nos pilares ESG, focada na recuperação do meio ambiente; utilização das melhores práticas sustentáveis do mercado, como energia renovável em nossa rotina operacional; e investimentos de recursos na transformação de vidas nos locais onde atuamos”, falou o diretor.
O responsável pela área de Desenvolvimento de Negócios de Água e de Energia da Festo Brasil, multinacional alemã que atua com soluções sustentáveis em automação, Carlos Bastos, vê hoje no setor de saneamento fluminense um potencial imenso para investimentos europeus.


Empresas privadas abrem possibilidades positivas para o planeta
“A chegada das empresas privadas na área abriu essa oportunidade de injeção de recursos em algo 100% positivo para o planeta. Empresas como a Águas do Rio vão requerer investimentos e parceiros aptos a ajudá-las a entregar resultados. A Alemanha, que já tem essa pegada ‘green’, vê isso com muitos bons olhos e a junção de empresas do setor tem tudo para dar certo”, afirmou.
Para Uwe Bernd Menzel, vice-presidente da Plataforma Meio Ambiente, que atua junto à federação de indústrias de Baden-Württemberg, o ponto alto foram os depoimentos de moradoras de comunidades cariocas que vivem na pele a mudança de realidade. As falas das donas Maria, Rudi e Marilene, exemplificam o que aconteceu a milhares de pessoas que hoje têm água encanada de qualidade.
“A apresentação foi muito impactante, não só pelo que a empresa está fazendo em termos de saneamento básico, mas também pela transformação social. A coisa mais impressionante para mim foi o depoimento da senhora de 60 anos que nunca teve um chuveiro e agora tem. Essa é uma realidade de muitos em pleno século 21. Hoje posso dizer que acredito que a chegada da iniciativa privada fortalece o setor e pode melhorar vidas”, finalizou.