Histórias de superação e acolhimento que expressam o amor de mãe

Histórias de superação e acolhimento que expressam o amor de mãe
Texto: Daniele Brito, Queli Cristina, Rosiney Bigattão e Ude Valentini

“Além do amor louco que a gente sente por um filho, nos renovamos a cada dia, em cada nova fase, com as descobertas feitas e, a cada passo, vamos aprendendo junto com eles. Amor de mãe é assim, não medimos forças para cuidar, para fazer o melhor por eles. A ligação entre maternidade e o meu trabalho, com saneamento, é muito forte, pois os dois envolvem cuidados”, afirma Kelly Pinheiro de Oliveira, analista Administrativa da Águas de Sinop, concessionária da Aegea MT1.

Formada em contabilidade, Kelly adora uma planilha e é muito organizada nas cotações de preços que faz no seu trabalho. Já tem tudo planejado para o nascimento de Pedro, mas, mesmo sendo a segunda gravidez, a maternidade ainda a assusta. “Por mais que a gente planeje, nunca sai como a gente imaginou, ao contrário, não temos controle de como vai ser. E essa é uma das magias de ser mãe, pois no final, dá tudo certo, pois é uma amor sem fim”, diz ela.

Amor sem medidas

“Muita coisa mudou na minha vida porque minha gravidez não foi programada, eu era muito nova e só queria aproveitar a vida, nem pensava no futuro”, conta. Natural de Campinas, Gabriela começou a trabalhar aos 16 anos e sempre gostou de ter o próprio dinheiro e não depender dos pais. 

Esse amor sem fim também move a assistente de Atendimento da Águas de Holambra, Gabriela Cristina Raimundo Fabris, uma jovem mãe com preocupações e cuidados de ‘gente grande’. Sofia, hoje com quatro anos, nasceu quando Gabriela tinha 22 e nem pensava ainda na maternidade.

Os planos eram voltar a trabalhar quando Sofia fizesse um ano, mas a pandemia chegou e mudou a vida de todo mundo – e não foi diferente com Gabriela. “A creche fechou e eu fiquei com ela em casa. Foi maravilhoso, mas o lado financeiro pesou, acabei dependendo dos meus pais”, afirma.

Depois da pandemia, mais uma mudança – o companheiro de Gabriela teve que se mudar para Holambra e ela, que sempre viveu na cidade grande, encarou esse novo desafio. Além de ir para um município bem menor, ficou longe da família.

“Não estava nos meus planos ser mãe e vir para Holambra, mas hoje vejo que tudo aconteceu para melhorar minha vida. Ser mãe é uma benção, sinto um amor que nem sabia que existia. E isso mudou até a relação com a minha mãe, porque entendi que esse amor é sem tamanho”, diz Gabriela.

O desafio de educar

A analista de atendimento está sempre atenta à educação de Sofia. “Educar é um desafio, o mundo vai mudando, as crianças têm acesso desde cedo à internet – que tem muita coisa boa, mas ruim também. É importante ficarmos atentos”, observa. 

Gabriela salienta ainda a importância de a criança viver em um ambiente harmônico dentro de casa. “Eles (crianças) absorvem tudo, o que é bom e que é ruim, por isso é fundamental a boa convivência, especialmente entre os pais”, conclui.

Maturidade precoce e superação

Aos 17 anos, a paraense Anny engravidou de um casal de gêmeos. No último trimestre de uma gestação de alto risco, passou por um parto precoce, quando nasceu Ana Luiza, que logo virou ‘estrelinha’. Em estado grave, Anny permaneceu no hospital até o nascimento do outro bebê, um mês depois. 

O amor e a garra de Anny foram fundamentais para que Luis Guilherme viesse ao mundo. Mãe solo, Anny teve o apoio da família nos primeiros anos de cuidados com o filho até conhecer seu marido, que abraçou a paternidade. Juntos, tiveram mais um filho, Cauã.  

Maternidade a distância

Trabalhando em Carajás (PA), Anny chegou a ficar três meses longe dos filhos. “Vivia em um alojamento, distante de casa, no meio do nada. O contato com meus filhos e meu marido era por celular. Chorava de saudades, mas era meu trabalho e eu seguia em frente”, conta Anny Karoline Rodrigues de Morais, técnica de Segurança do Trabalho da Mirante.

Perdeu vários momentos na vida dos filhos, tanto felizes quanto os mais difíceis, como uma febre, um resfriado e os pequenos machucados próprios da infância. “Quando olho para trás, tenho a certeza de que não teria conseguido sem o apoio do meu marido e de minha mãe”, comenta Anny, na humildade de quem não reconhece a própria força.

Amor que passa de mãe para mãe

Alegre e muito extrovertida, sempre tem uma história para contar, regada a muitas gargalhadas. De onde vem essa força? “Venho de uma linhagem de mulheres fortes, mas a maternidade teve um peso fundamental na minha formação como mulher”, afirma. Apaixonada pelos filhos, ensinou muito cedo aos dois sobre as dificuldades que a vida apresenta e como lidar com elas.

“Nunca poupei meus filhos. Como técnica de segurança, ensinei como devem proceder, por exemplo, em uma emergência. Até as técnicas de ressuscitação eles sabem”, comenta. Em 2018, Anny viveu um dos maiores desafios de sua vida, que foi enfrentar o câncer de mama de sua mãe, juntas em mais uma batalha. 

“A vida é feita de muitas lutas e de muitas vitórias. Graças a Deus, minha mãe passou pela doença com muita garra e hoje comemoramos juntas o dom da vida. Só tenho motivos para agradecer”, finaliza essa guerreira de nome Anny.

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