Estudantes farão análises periódicas da água e ações de educação ambiental por meio da parceria da Prolagos com a universidade
Participam do projeto de cooperação técnica entre a Prolagos e a Universidade Veiga de Almeida professores e estudantes dos cursos de graduação das Engenharias Civil, Ambiental e de Produção, além de Administração, Pedagogia, Direito, Serviço Social, Jornalismo e Publicidade, que estejam cursando a partir do 3º período, e farão o monitoramento da Lagoa Araruama e das atividades de educação ambiental.
Eles vão analisar parâmetros físico-químicos da água, com a produção de relatórios técnico e fotográfico trimestrais e levantamento da avifauna, fomentando ações de educação ambiental e projetos de iniciação científica. Para fazer o plantio no entorno da lagoa e da Represa de Juturnaíba, também será coordenada a implementação de viveiros de mudas nas estações de tratamento de esgoto da concessionária (a Prolagos construiu um viveiro na ETE Iguaba Grande, veja matéria nesta edição).
“O programa vai possibilitar que a concessionária acompanhe as pesquisas e tenha acesso a dados que irão nos conduzir na tomada de decisões para a busca da sustentabilidade nos processos de abastecimento de água e esgotamento sanitário”, comenta Amanda Bulhões, analista ambiental da Prolagos.
A parceria vai proporcionar aos alunos a experiência de uma pesquisa prática, em um ecossistema local, que irá trazer inúmeros benefícios para a sociedade da Região dos Lagos. “Além do corpo discente, alunos com coeficiente de rendimento alto também estarão dedicados ao projeto. Abordaremos temas como monitoramento dos corpos hídricos, levantamento de indicadores de qualidade de saúde ambiental da lagoa, oficinas, rodas de conversa, conferências e videoaulas com as comunidades” – relata Eduardo Pimenta, coordenador de Pesquisa, Iniciação Científica e Extensão da universidade.
Documentário sobre a lagoa
A Lagoa Araruama é um patrimônio ambiental da Região dos Lagos. A maior laguna hipersalina do mundo, possui 220 km², cerca de 630 milhões de m³ de água e banha seis municípios (Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Arraial do Cabo). Com a melhoria gradativa da qualidade ambiental, ela se tornou um refúgio para turistas, fonte de renda para pescadores e empresários, e é considerada uma das melhores raias para a prática de esportes do Brasil.
A lagoa é o tema do minidocumentário “A Lagoa Vive”. Com 6 minutos de duração, o vídeo retrata a laguna, os diversos setores beneficiados por ela, os impactos causados pela ausência de saneamento básico no passado e como ela está recuperando a qualidade ambiental. “Estamos comprometidos com a preservação e recuperação plena da Lagoa Araruama, por isso, além do saneamento básico, buscamos contribuir também com dados técnicos e científicos, para auxiliar o Poder Público na tomada de decisões em prol da melhoria efetiva da qualidade ambiental”, diz Sérgio Braga, diretor-presidente da Prolagos.
O saneamento básico é um dos impulsionadores da melhoria da laguna, bem como dos indicadores de saúde alcançados na Região dos Lagos nos últimos anos. A concessionária já investiu mais de R$ 1,4 bilhão em saneamento, representando mais que o dobro de investimentos realizados por habitante com relação à média nacional.
O modelo de esgotamento sanitário em vigor na Região dos Lagos é captação em tempo seco, que intercepta a rede de drenagem pluvial, levando as contribuições para uma das sete estações de tratamento, com capacidade para tratar 97 milhões de litros de esgoto por dia. Desde que assumiu os serviços, em 1998, o índice de coleta saltou de 0 para 80% e todo esgoto coletado é tratado. Em complemento a esse sistema, a Prolagos desenvolveu um estudo para a construção da rede separativa de esgoto nos cinco municípios da área de abrangência: Arraial do Cabo, Armação dos Búzios, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia. O projeto foi apresentado à agência reguladora e está sendo analisado pelo Consórcio Intermunicipal Lagos São João e pelo poder concedente.
