Combater a perda de água tratada no sistema de distribuição é um dos principais desafios das empresas de saneamento no país. Frente ao cenário de mudanças climáticas, o controle se torna essencial para que mais brasileiros tenham acesso ao recurso.
Água tratada perdida poderia abastecer 54 milhões de brasileiros
Um estudo do Trata Brasil mostra que o que se perde entre o tratamento e a casa dos usuários poderia abastecer 54 milhões de brasileiros por um ano. O volume de água tratada perdido diariamente no país equivale a 7,6 mil piscinas olímpicas, segundo outro estudo.
Por isso, a Aegea, além de ter unidades responsáveis pelos menores índices de perdas de água tratada do país, vem contribuindo para a redução. A empresa investe na eficiência da gestão e controle de perdas de água.
Capacitação para melhorar a eficiência e reduzir perdas
Colaboradores estão sendo capacitados desde novembro do ano passado. A iniciativa dos treinamentos para redução de perdas no saneamento é do Departamento de Engenharia de Operação e acontecem por meio da área de Gestão e Controle de Perdas.
As primeiras unidades a receberem a capacitação foram as de Santa Catarina. Entre elas está Camboriú, cidade que reduziu pela metade as perdas, chegando ao índice de 17,9% – a média nacional foi de 37,78%, segundo o Trata Brasil, 2024.
Investimentos constantes
Os times do Atendimento, Perdas, Fiscalização, Centro de Operações Integradas, Leitura e Operação receberam o treinamento para redução de perdas no saneamento. Debateram sobre eficiência na gestão, ações de combate às perdas e tiveram lições práticas sobre hidrômetros. Além de Camboriú, foram treinados colaboradores de Bombinhas, Penha e São Francisco do Sul.
Da mesma forma, Campo Grande (MS), uma das capitais brasileiras com o menor índice de perdas, reconhecida pela Gestão e Controle de Perdas, também recebeu a capacitação.
“Evitar as perdas no sistema de abastecimento exige investimentos em tecnologia e um aprofundamento sobre o tema, por isso são necessários treinamentos para que profissionais possam atuar com maior eficiência na gestão para controlar e reduzir perdas. A agenda, que começou em 2024, continua este ano em outras unidades”, afirma o engenheiro especialista de Gestão e Controle de Perdas da Aegea, Henrique Ferreira.