Semana da Água no Brasil discute soluções para ampliar acesso

menina torneira

Em formato on-line, com tradução simultânea, acontece até o dia 27 a Brazil Water Week (BWW), a Semana da Água do Brasil, um dos maiores eventos do setor. Promovida pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), é a terceira edição da discussão internacional de questões relativas ao uso da água e outras questões de saneamento.

Participam representantes de 27 empresas parceiras brasileiras e 22 do exterior. Ao reunir profissionais de várias partes do mundo com as comunidades acadêmica e técnica do Brasil, a BWW possibilita importante troca de experiências, trazendo conhecimento relevante de outras realidades e divulgando internacionalmente as melhores práticas do país.

Água potável e saneamento para todos

Em 2022 o ponto central do evento é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6, estabelecido pela ONU – Água potável e saneamento para Todos: garantir a disponibilidade e a gestão sustentável. No primeiro dia foram discutidos os desafios para a universalização do saneamento em áreas de baixa renda, com presença do diretor-presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini (leia mais abaixo); questões de segurança jurídica dos modelos regulatórios e reúso de água.

Coordenação do Tema 1

A Aegea participou da organização do evento por meio da coordenadora de Sustentabilidade da Aegea, Marina de Castro Rodrigues, que é também a coordenadora da Plataforma de Ação pela Água do Pacto Global da ONU, Organização das Nações Unidas.

Ela ajudou na coordenação das sessões relacionadas ao tema 1, sobre Água, Saneamento e Saúde para Todos. O trabalho foi feito em parceria com Juliana Almeida Dutra, diretora da Abes SP e coordenadora da Câmara Temática de Prestação de Serviços da instituição.  

O Tema 1 tratou dos desafios para a universalização do acesso a serviços de saneamento adequados, de qualidade e em condições de equidade. Como incorporar as parcelas de pior situação socioeconômica e que vivem em condições de moradia e infraestrutura mais críticas foram debatidos nos painéis.

É preciso priorizar o acesso ao saneamento

“Quando o mundo luta por uma causa consegue dar uma resposta muito efetiva. Com o evento da pandemia, o planeta se mobilizou e conseguiu produzir a vacina em tempo recorde, mas o ser humano ainda morre por falta de saneamento e esse assunto é colocado em segundo plano. Não produziu algo que venha trazer resultados no sentido de evitar que as pessoas venham a falecer por falta de saneamento”, analisou Alexandre Bianchini.

Além do diretor-presidente da Águas do Rio participou do painel Marcello Xavier Veiga, superintendente de Planejamento e Desenvolvimento da Diretoria Metropolitana da Sabesp. A moderação foi realizada por Ernani Ciriaco, coordenador de Água e Esgoto da Superintendência de Regulação em Serviços da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, ANA.

Soluções para áreas de vulnerabilidade em pauta

Também foram discutidas soluções para o atendimento das áreas de ocupação irregular nas cidades, destacando a íntima relação entre condições de moradia e de infraestrutura urbana e serviços adequados. O evento traz um olhar para os moradores das áreas rurais e de comunidades isoladas.

Políticas de tarifas sociais e de conexões subsidiadas para garantir acesso de todos fazem parte dos assuntos em pauta. O Tema 1 trará também a questão do monitoramento dos resultados, com destaque para as formas de mensuração para situações não regulares.

O Portal Abes Notícias conversou com as coordenadoras do Tema 1, Juliana Almeida Dutra e Marina de Castro Rodrigues (adjunta). Confira a entrevista no site da Abes.

Pular para o conteúdo