Em seu primeiro side-event na COP28, o Pacto Global da ONU no Brasil promoveu o painel Movimento +Água como Instrumento de Ação Coletiva para o Setor Privado.
A Aegea, que é embaixadora do Movimento +Água, foi representada por Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea e diretor de Sustentabilidade da companhia.
Crise climática e hídrica
O painel teve ainda a presença de Paula Martinelli, Global Freshwater Knowledge Manager (WWF), como keynote speaker; Carla Crippa, vice-presidente de Impacto Positivo e Relações Corporativas da Ambev; Bruno Eustáquio, diretor de Relação Institucional e Programas Setoriais da Eletrobras; Nabil Kadri, superintendente de Meio Ambiente do BNDES. A mediação foi de Camila Valverde, diretora de Impacto e COO do Pacto Global da ONU no Brasil.
“A crise climática é uma crise hídrica. Nada é mais claro do que a gente está vendo no maior ecossistema fluvial do mundo, que é o da Amazônia, e o maior pântano do mundo, que é o Pantanal, que sofreu, somente no mês de novembro, com mais de quatro mil incêndios”, comentou Paula Martinelli.
Carla Crippa falou sobre um caso bem-sucedido da Ambev. “Em 20 anos, reduzimos em 50% o consumo de água. No começo de 2016, recebemos uma provocação sobre o que podíamos fazer além de reduzir o consumo interno de água, daí veio a água AMA, que é um negócio social, com 100% do lucro revertido para projetos de água potável”, explicou.
Esforços com todos os setores e ações concretas para ampliar escala
O presidente do Instituto Aegea, Édison Carlos, também apresentou no evento o que tem sido feito pela companhia e lembrou que a crise não será vencida por ações pontuais.
“Nós vamos precisar juntar esforços com outros setores e se apoiar mais em ações concretas, coletivas, para ampliar a escala. O desafio está vindo muito mais rápido do que imaginávamos. O Pacto Global é umas das instituições mais importantes nesse momento, porque consegue colocar todo mundo na mesa, independente do setor, do tamanho da empresa, para que possamos começar a fazer mais ações realmente coletivas”, disse.
Questão da água é também de Direitos Humanos
“Falar de água não é só falar das crises hídricas, mas sim, das questões básicas que nós temos, é também falar de Direitos Humanos. Precisamos ser simples. As comunidades e os indivíduos devem ser engajados para que possamos fazer um movimento coletivo. Se não agirmos dessa forma, vamos ficar apenas em grupos restritos como estamos aqui”, sentenciou Rachel Maia, presidente do Conselho Administrativo do Pacto Global da ONU, no encerramento do painel.