A ênfase dada ao tema da diversidade racial na Aegea ficou demonstrada nas celebrações referentes ao Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, que se estenderam durante todo o mês.
A empresa reuniu especialistas, internos e do mercado para discutir a temática. Veja a seguir os momentos de destaque de cada um dos painéis da 1ª Semana da Diversidade Racial da Aegea, realizada durante os dias 18 e 22 de novembro.
“Como a gente faz, faz diferença”
O foco do encerramento da semana, na sexta, dia 22, foi a importância da inclusão e equidade dentro da Aegea. Foram evidenciadas as ações preparadas na promoção da empregabilidade e no desenvolvimento de colaboradores negros, além da sensibilização e letramento de todos que atuam na Companhia.
Vanessa Favareto, gerente de Educação Corporativa da Aegea, mediou a conversa do painel “Como a gente faz, faz diferença”, sempre pautada pelas ações inclusivas do Programa Respeito Dá o Tom.
Respeito é essencial
“O respeito por todos é essencial e deve ser aplicado universalmente em vários aspectos da vida”, disse Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea e diretor de Sustentabilidade da empresa.
O painel teve a participação de Luana Braguin, gerente Comercial da Corsan (RS), Gabriel Barbosa, gerente de Responsabilidade Social e secretário do Comitê do RDT da Águas de Teresina (PI) e Águas de Timon (MA), e Thales Rodrigues, coordenador de Riscos e Controles Internos.
Foram apresentados os processos de preparação e as iniciativas de diversidade da Aegea, que incluem os programas de mentorias (veja matéria sobre o assunto nesta edição do Aegea Blog).
Os participantes enfatizaram a importância das consultorias, a relevância delas para o crescimento da carreira, destacando que é uma possibilidade de aprimorar competências e fazer a diferença na comunidade.
Outro aspecto levantado durante o painel é a necessidade de treinamento e seleção eficazes dos trainees para garantir que a dedicação para uma sociedade com mais justiça racial seja mais impactante.
A reunião foi concluída com o compromisso de diálogo e colaboração contínua para aprimorar os esforços de diversidade e inclusão, juntamente com o reconhecimento dos desafios enfrentados na liderança para o engajamento dos colaboradores.
“Diversidade: e eu com isso?”
O painel na quinta, 21 de novembro, foi conduzido por Keilla Martins, coordenadora do Respeito Dá o Tom e especialista em Diversidade e Inclusão no Instituto Aegea.
Teve a presença de Nalva Moura, fundadora da Consultoria Yalode, e Theo van der Loo, ex-CEO da Bayer, como convidados externos. E a participação dos executivos da Aegea: Fabianna Strozzi, diretora de Gestão de Pessoas, e Wagner Vicente Felix Ferreira, diretor de EHS.
Todas as vozes precisam ser ouvidas na promoção da igualdade
Theo van der Loo falou sobre seu engajamento em diversidade racial e integração ao longo de quase uma década. Abordou a necessidade de ações concretas para promover a inclusão social.
“A falta de oportunidades para uma gama diversificada de indivíduos no local de trabalho faz com que muitas pessoas talentosas não sejam incluídas nas discussões e decisões das empresas”, afirmou.
“A luta contra o racismo é uma responsabilidade coletiva e todos devem refletir e agir para promover a igualdade racial e de gênero”, disse.
O executivo expressou preocupação com o que foi ensinado no passado e o que precisa ser corrigido hoje, questionando as omissões na educação.
“Todo executivo deve fazer uma reflexão pessoal sobre suas contribuições para a diversidade e inclusão”, indicando a necessidade de responsabilidade individual na promoção de um ambiente mais plural.
Desafios na implementação de políticas de inclusão racial
Nalva Moura mencionou que um dos principais desafios é reconhecer a questão estrutural da escravização e suas consequências para os descendentes de africanos.
“O Brasil teve quase 400 anos de escravização e cerca de 5 milhões de africanos foram trazidos ao país, o que impacta a estrutura social atual”, lembrou.
Para ela, as empresas demoram a entrar na discussão sobre racismo, apesar de ser um tema sensível e necessário para a transformação da sociedade.
“Apenas 0,4% das posições de CEO nas 500 maiores empresas são ocupadas por mulheres negras, e somente 8% das posições de liderança são ocupadas por negros, o que evidencia a desigualdade racial no mercado de trabalho”, disse.
Ela sugere que as organizações devem implementar programas de desenvolvimento e metas para aumentar a presença de negros em posições de liderança, reconhecendo a necessidade de ações afirmativas.
Compromisso da Aegea em ampliar a liderança para mulheres e negros
Fabianna Strozzi mencionou que a empresa está no caminho certo em suas iniciativas de inclusão e diversidade, refletindo um compromisso de sete anos com o respeito a esse tema pelo Programa RDT.
Lembrou ainda dos objetivos atrelados à emissão dos bonds sustentáveis. A companhia se comprometeu a aumentar de 32% para 45% as mulheres em cargos de liderança e de 17% para 27% os negros, também nas mesmas posições, até 2030.
Barreiras de segurança: a invisibilidade no ambiente de trabalho
O diretor de EHS da Aegea expressou preocupação com a invisibilidade das pessoas no trabalho, que resulta em falta de voz e pertencimento, tornando o ambiente menos seguro.
Os participantes concordaram que é fundamental romper as barreiras do preconceito e da invisibilidade para promover um lugar mais inclusivo.
Wagner mencionou então a barreira estrutural que impede o crescimento e a ambição de trabalhadores, como o racismo estrutural, que limita as perspectivas de carreira.
A live terminou com a decisão de continuar as atividades da Semana da Diversidade Racial e a responsabilidade coletiva de todos na luta contra o racismo.
Mais sobre a semana
Veja como foram os dois primeiros dias da 1ª Semana da Diversidade Racial da Aegea clicando aqui.