Vida nova na Lagoa Rodrigo de Freitas com melhorias em saneamento

Vida nova na Lagoa Rodrigo de Freitas

As aves garça-azul, quero-quero e biguá dorminhoco e os caranguejos aratu e marinheiro são os mais novos recém-chegados à fauna da Lagoa Rodrigo de Freitas (RJ). O ecossistema vem colhendo os frutos de uma série de melhorias realizadas no sistema de esgoto de seu entorno. 

O reforço da biodiversidade local também é resultado do apoio da Águas do Rio ao projeto Manguezal da Lagoa, liderado pelo biólogo Mário Moscatelli, responsável pela revitalização e manutenção do espaço. 

Desde que iniciou a operação dos serviços de saneamento, há quase um ano, a Águas do Rio revitalizou todas as 26 estações elevatórias (responsáveis pelo bombeamento) de esgoto na região. Muitas delas funcionavam de forma precária, com estruturas comprometidas e problemas eletromecânicos. 

Algumas eram inclusive operadas por comerciantes de quiosques na lagoa. Na Estação Elevatória Hípica, foi substituída a velha tubulação por uma de aço carbono, pondo fim aos vazamentos de esgoto.

A concessionária também trabalha em parceria com a prefeitura, associações de moradores locais e Inea na fiscalização de despejo irregular de esgoto na rede pluvial em toda a zona sul. 

Em uma dessas ações foi identificado, por exemplo, que o Hospital da Lagoa despejava cerca de três litros de esgoto sem tratamento por segundo no sistema de drenagem da cidade, atingindo o canal Lineu de Paula Machado, conectado à lagoa.

“Com as ações de recuperação e manutenção do sistema de esgotamento, a empresa progressivamente vai garantindo maior estabilidade ambiental e o florescimento da vida no ecossistema da Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão postal do Rio de Janeiro. Isso significa que o saneamento traz mais saúde e qualidade de vida não apenas para nós, mas também para as plantas e para os bichos”, afirma o diretor-presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini.

As equipes da concessionária também realizam, quando necessário, a limpeza do espelho d´água. Só no dia 6 de outubro, foram retiradas 6,5 toneladas de Ruppia marítima, uma espécie de planta aquática que vive no fundo da lagoa. 

Depois dos dias de chuva, a vegetação se desprendeu do chão produzindo uma espuma esbranquiçada e mau cheiro. Em excesso na superfície, elas diminuem a quantidade de oxigênio da água, o que pode afetar a vida marinha do entorno.

Apoio ao Manguezal da Lagoa

Há um ano, a Águas do Rio é parceira da Manglares Consultoria Ambiental, do biólogo Mario Moscatelli, apoiando a manutenção do ecossistema de mangue da lagoa. Com esse apoio, profissionais da área ambiental atuam diariamente no controle de pragas, replantio de espécies e limpeza das margens. O time também tem contato direto com a Águas do Rio para sanar vazamentos de esgoto ou qualquer outra situação fora da normalidade.

“Comecei esse trabalho sozinho há mais de 30 anos e hoje, pela primeira vez, tenho o apoio de uma empresa privada, comprometida com a sustentabilidade. Aqui perto do Parque dos Patins, por exemplo, existia um vazamento de esgoto que completava 20 anos. Em 15 dias de operação, a concessionária atendeu meu chamado e resolveu o problema e vem sendo assim desde que chegaram. Os animais sentem que o local está bem cuidado e a vida chama mais vida. Esse é o ciclo natural das coisas e é muito bonito de se ver”, afirma o biólogo Moscatelli.

Pular para o conteúdo