Ampliar a cooperação para melhorar a gestão dos recursos hídricos

Ampliar a cooperação para melhorar a gestão dos recursos hídricos Aegea

Na última semana de março, o presidente do Instituto Aegea, Édison Carlos, esteve em Nova York (EUA) para participar da Conferência da Água da ONU, um evento exclusivamente dedicado à temática dos recursos hídricos, após 46 anos da última edição. 

Além de estar presente, junto a outras empresas, governos, ONGs, academia e investidores em várias reuniões ligadas aos desafios do momento, a Aegea foi debatedora no seminário “Repensando a Governança da Água no Brasil: foco na crise climática e na agenda de cooperação pela água”.

Promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil, o side event contou com o apoio da Aegea e ocorreu em paralelo à Conferência Mundial da Água. Uniu líderes empresariais com organizações e setor público para alavancar projetos de resiliência hídrica, gestão eficiente do uso da água, acesso à infraestrutura de saneamento e ações de curto e longo prazos. 

Neste seminário, o presidente do Instituto Aegea participou do painel “Agenda de cooperação pela água: oportunidades de progresso e soluções transformadoras”. Foram discutidos o fornecimento de água trratada e saneamento, visando a complementaridade entre agências nacionais, setor privado e empresas públicas.

“Acreditamos que encontros assim são importantíssimos para discutirmos e para viabilizarmos projetos transformadores alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da própria ONU, já que reúnem líderes empresariais, de organizações e do setor público. São momentos para partilhar boas práticas, e a Aegea tem várias, bem como aprender com outros atores que também desenvolvem bons projetos”, afirma Édison.

Como líder no setor de saneamento privado no Brasil, a Aegea entende que tem um papel muito importante nesta agenda, sendo responsável em levar água tratada para milhões de brasileiros em 13 estados de Norte a Sul do país. A companhia está constantemente envolvida nas principais discussões globais sobre água, coordena a Plataforma pela Água e atua como embaixadora do Movimento +Água, iniciativas do Pacto Global da ONU no Brasil para mobilizar empresas e ações pela aceleração da universalização do saneamento e segurança hídrica do Brasil.

As ações realizadas pela Aegea na preservação da água também envolvem os temas de gestão deste recurso por meio de resiliência hídrica, combate às perdas de água e recuperação florestal das bacias hidrográficas nas regiões onde atua. 

Entre as iniciativas da companhia estão as parcerias com o BNDES no “Programa Floresta Viva”, para reflorestamento de áreas degradadas, com a Climatempo para monitoramento hídrico, e com a WWF-Brasil para restauração e ampliação da resiliência hídrica e conservação do solo de bacias hidrográficas prioritárias na região conhecida como Cabeceiras do Pantanal

A companhia também atua no pilar da Economia Circular com a reutilização de lodos como composto de fertilizantes agrícolas. Um dos exemplos desta atuação é o projeto “Integrando o lodo no conceito de economia circular da unidade Mirante”, desenvolvido na unidade da Aegea em Piracicaba (SP), que foi vencedor do Prêmio ECO 2022. 

A iniciativa é uma parceria com a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP). 

“Essas iniciativas fazem parte dos pilares ESG da companhia, atuando por um meio ambiente mais saudável. Para uma empresa que entrega água, coleta e trata esgotos, é fundamental promover ações que melhorem quantidade e qualidade das águas, e isso somente ocorre se protegermos nascentes e florestas, aumentarmos a eficiência do uso nos grandes utilizadores e promovermos o uso mais consciente da sociedade”, completou Édison Carlos.

Em seu discurso durante a abertura da Conferência Mundial da Água, António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas, destacou atitudes urgentes para acelerar as mudanças globais nesta agenda relacionada ao ODS 6 – Água Potável e Saneamento, que visa assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento. 

Entre as soluções citadas estavam investimentos dos governos para garantir o acesso à água à toda a população ao mesmo tempo que preserva estes recursos, a união dos países para a gestão de águas, investimento massivo dos setores público e privado em soluções de água e saneamento e a expansão no financiamento de políticas públicas para desenvolvimento sustentável por parte de bancos mundiais, principalmente em países em situações emergenciais. 

“Isto é mais do que uma conferência sobre a água. É uma conferência sobre o mundo de hoje visto a partir da perspectiva de seu recurso mais importante”, completou o Secretário Geral da ONU.

O painel “Agenda de cooperação pela água: oportunidades de progresso e soluções transformadoras” ainda contou com participação de André Salcedo, CEO da Sabesp; Verónica Sanchez, Diretora-Presidente da Agência Nacional de Água e Saneamento (ANA); Luiz Gabriel Todt de Azevedo, Executivo Sênior de Sustentabilidade & ESG da BID (TBC), e moderação de Teresa Vernaglia, da BRK Ambiental.

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