“O que fazer em uma situação de racismo?”, pergunta o professor Basilon Azevedo de Carvalho, durante o letramento ABC da Raça, um formato descontraído de interação para os colaboradores da Aegea.
Feito pelo Respeito Dá o Tom em parceria com o ID_BR, trouxe respostas simples para questões complexas. “Em situações de racismo, acolha a vítima, escute, se posicione e denuncie”, orienta o professor.
Expressões e comportamentos racistas
Conceitos de raça e comportamentos antirracistas foram abordados pelo professor. Ele lembrou expressões como “criado mudo” e “não sou tua nega”, que carregam um racismo estrutural da nossa sociedade.
Falou também de comportamentos como elogiar um negro pela beleza exótica, tocar no cabelo dele ou até mesmo perguntar se lavam os cabelos. Outra postura racista é quando a pessoa acredita que pessoas negras estão sempre a serviço de alguém.
O ABC da Raça juntou teoria e exemplos práticos que trazem à tona questões que ainda são tabu para a discussão sobre raça e racismo no Brasil. A primeira live do treinamento reuniu 375 colaboradores de vários municípios onde a Aege atua neste 16 de maio.
Mesmo em férias, Mirella Sá Simão Saviti fez questão de participar. “Me sinto transformada. O Respeito Dá o Tom renovou as minhas forças por eu ver que não estou sozinha na busca de diversidade em todos os níveis”, escreveu ela nos comentários durante o letramento.
Ações presenciais em Ariquemes
Em Rondônia, colaboradores da Águas de Ariquemes receberam alunos da Polícia Militar Mirim para uma roda de conversa de conscientização sobre a importância de combater qualquer tipo de preconceito.
No Espaço Social da concessionária, viram a exposição do Respeito Dá o Tom para lembrar o 13 de maio. Antes conhecido como o Dia da Abolição da Escravatura no Brasil, se tornou uma data nacional de luta contra o racismo.
“Todos nós somos responsáveis por falar sobre uma pauta tão essencial. Além da repercussão em Ariquemes, entre autoridades e toda a sociedade, ver a participação dos alunos, contribuindo com suas experiências de vida, é transformador”, afirmou Robson Cunha, da Águas de Ariquemes.
Ficar atento, aprender, questionar e mudar
Para Jhonatan Santos, analista de Responsabilidade Social da Águas Guariroba, presença constante nos treinamentos, atividades e um entusiasta da luta contra o racismo, participar é dever de todos nós denunciar. “Racismo é crime, precisa ser combatido”, diz.
“Temos o privilégio de ter na nossa empresa um programa como o Respeito Dá o Tom, que nos passa muito conteúdo para que possamos refletir e nos contrapor ao aprendizado muito forte, que muitas vezes foi passado até pelos próprios pais, mas é preciso mudar”, afirma Jhonatan.