Encontro Nacional das Águas também discutiu a diversidade

Encontro Nacional das Águas também discutiu a diversidade
Texto: Rosiney Bigattão

Em sua 9ª edição, o Encontro Nacional das Águas (ENA), congresso bienal da Abcon Sindcon dedicado ao debate dos principais temas sobre saneamento e iniciativa privada, incluiu em sua programação a diversidade de gênero.

Realizado nos dias 12 e 13 de novembro, em São Paulo, nos formatos online e presencial, contou com a participação de diferentes executivos da Aegea e de outras empresas do setor.

CEOs do Saneamento

No painel CEOs do Saneamento, Rogério Tavares, vice-presidente de Relações Institucionais da Aegea, representou a empresa. Mostrou a atuação ao longo dos 14 anos e as contribuições para a universalização dos serviços.

Destacou as vitórias nos leilões recentes e como a Companhia compreende e respeita as pessoas e o meio ambiente dos diversos brasis – e vai além para gerar prosperidade compartilhada nos locais onde opera.

Modelo de negócio focado nas pessoas mais vulneráveis

“Para viabilizar os compromissos assumidos, aportamos valor aos nossos ativos por meio do nosso modelo de negócio focado nas pessoas, principalmente as mais vulneráveis, em prol do desenvolvimento social, levando para nossas concessionárias performance, eficiência, rápido poder de reação frente às adversidades, incluindo climáticas, e capacidade de atração de capital”, diz o VP.

Empresas diversas são mais produtivas

A diversidade nas empresas de saneamento é fundamental para promover um ambiente mais inclusivo e inovador. Os números mostram que a desigualdade social por raça ou gênero impacta significativamente a estratégia e competitividade dos negócios.

O relatório Diversity Wins: How Inclusion Matters, da McKinsey & Company, revela que empresas com maior pluralidade têm melhor desempenho financeiro, com companhias no quartil superior para diversidade de gênero tendo 25% mais probabilidade de apresentar rentabilidade acima da média do setor.

Aquelas com maior diversidade étnico-racial, têm 36% mais chances. Segundo o estudo, a diversidade e a inclusão são imperativos não apenas éticos, mas também estratégicos, impulsionando a inovação,  o engajamento e o desempenho financeiro das empresas.

Ações para valorizar a presença feminina nas operações de saneamento

Como evolução de um trabalho consistente e com ações estruturadas, além do lançamento do Programa Respeito Dá o Tom (2017), a Aegea assumiu publicamente o compromisso de ampliar a participação de pessoas negras e mulheres na liderança.

Em 2022, a empresa estipulou metas para aumentar a representatividade de talentos negros em cargos de liderança de 17% para 27% para talentos negros, e de 32% para 45% para mulheres. Elas estão atreladas à emissão dos Sustainability-Linked Bonds, operação inédita para empresas de saneamento na América Latina e no Brasil.

Diversidade: as mulheres na Aegea

A busca por oportunidades igualitárias, respeitando e apoiando os direitos humanos e não aceitando discriminação de nenhuma natureza já apresenta resultados na Aegea.

Durante o ENA, a diretora de Gestão de Pessoas, Fabianna Strozzi, mostrou como a Companhia avança na criação de um ambiente de trabalho onde todos são tratados de forma justa.

Os números reforçam o olhar para a diversidade: nas últimas edições, o Programa de Trainee teve 44 mulheres; todas foram ou estão em processo de promoção. A empresa tem 91 pessoas, entre negras e mulheres, em plano de sucessão para assumir cargos de liderança, acima de gerência, e 72 mulheres estão em programas de mentorias.

São formas de incentivar a presença feminina de modo a quebrar barreiras históricas e promover um setor mais justo e representativo.

Contribuições para a universalização no novo modelo tributário

Andréa Haggstram, diretora de Relações Institucionais da Aegea, também participou da 9ª edição do Encontro Nacional das Águas. No painel Universalização e o Novo Modelo Tributário Brasileiro falou sobre os desafios econômicos e tributários do setor de saneamento e sobre a visão da Aegea sobre o tema. “Conforme estudo da GO Associados para a Abcon Sindcon, a carga tributária do setor pode aumentar dos atuais 9,25% para 26,5%. Essa elevação pode resultar em um aumento médio de 18% nas tarifas de água e esgoto, comprometendo a universalização dos serviços até 2033. É nossa missão enfrentar os desafios, construindo um futuro mais inclusivo e resiliente”, disse.