Com suas águas calmas e o cenário deslumbrante do entorno, a Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul da capital carioca, atrai turistas e moradores em busca de momentos de esporte e lazer.
Agora, as obras de revitalização e modernização das estações elevatórias feitas pela Águas do Rio (RJ) vão evitar o deságue do material sem tratamento e a lagoa vai ficar ainda mais atraente.
Maior estabilidade ambiental
A concessionária também realizou a troca de 30 metros de tubulação que leva o esgoto para a Estação Elevatória Hípica, no Jardim Botânico. Os canos antigos estavam deteriorados e tinham pontos de vazamento, além de apresentar rachaduras com frequência.
A melhoria ambiental já é perceptível. “Com as ações de manutenção e recuperação dos equipamentos, progressivamente vamos dar maior estabilidade ambiental não somente para a natureza como para os frequentadores da Lagoa. Isto vai melhorar a qualidade de vida de toda a sociedade”, afirmou o biólogo Mário Moscatelli, autor do projeto de recuperação do manguezal da Lagoa.
Outras melhorias nas condições ambientais
As estações localizadas próximas ao Parque dos Patins estavam inoperantes e receberam um sistema automatizado que permite o acompanhamento da operação em tempo real pelo Centro de Operações Integradas (COI). Também foram instalados painéis de comando e controle.
Foi feita a troca de cabos elétricos e novas estruturas de alvenaria foram construídas para abrigar essas duas estações. Elas recebem o esgoto dos quiosques da Lagoa e do heliponto e direcionam para a Elevatória Saturnino de Brito, na Gávea.
Obras de saneamento devem trazer de volta fauna e flora locais
Desde que a Águas do Rio assumiu a operação foram diagnosticados alguns problemas nas elevatórias que, apesar de prontas há anos, não estavam funcionando como deveriam.
“Com essa obra, vamos evitar muitos vazamentos de esgoto e ajudar a restabelecer a fauna e flora local”, explicou Thaís Gallina, diretora executiva das regiões Sul e Centro da capital.
Benefício para todos
As obras realizadas beneficiam não apenas as 108 mil pessoas atendidas pela elevatória na região, mas todo o meio ambiente da Lagoa. “Encontramos uma rede cheia de remendos e muito deteriorada. Produzimos as peças em aço carbono, sob medida, na nossa oficina, para que essa manutenção seja definitiva, acabando com o vazamento de esgoto neste trecho”, explicou o gerente de manutenção Felipe Esteves, que coordenou o trabalho da equipe composta por 26 pessoas.
O reparo foi feito durante a madrugada (07/12). As ações da Águas do Rio para a Lagoa não são apenas operacionais. A concessionária firmou uma parceria com a Manglares Consultoria, de Moscatelli, que se dedica há 32 anos a um projeto de sustentabilidade que prevê a revitalização do manguezal do entorno do espelho d’água.
