Em um mundo que muda com uma velocidade surpreendente, como se manter à frente do seu tempo? Considerada uma das mais empresas mais inovadoras em seu setor, a Aegea trabalha para continuar sendo referência e, por meio da inovação e tecnologia, servir cada vez melhor.
Operação simulada em ambiente computacional, inteligência artificial com suas redes neurais e novas formas de se relacionar com o cliente são estudadas e implantadas para resolver questões que ainda fazem o saneamento ser um dos grandes gargalos da infraestrutura do país.
Pessoas felizes com boas práticas de ESG
Se fosse possível resumir em duas palavras o que a Aegea quer ver em seu futuro, elas seriam: pessoas felizes. De um lado, felizes por receberem água tratada e de qualidade e terem acesso à rede de coleta e tratamento de esgoto.
Do outro, felizes em servir: em levar água tratada de qualidade, coletar e tratar o esgoto para que o meio ambiente seja preservado, as pessoas tenham saúde e dignidade e as cidades possam se desenvolver.
Com tudo isso, o resumo não pode ser tão simplista assim. A Aegea acredita que é preciso incorporar as práticas de ESG (meio ambiente, social e de governança) em suas ações. Por meio delas, com tecnologia e inovação, atingir o maior número de pessoas no menor tempo possível. Afinal, ainda são quase 35 milhões de brasileiros sem água e 100 milhões sem acesso à rede de esgoto.
Inovação como agente de transformação
“Sabemos do nosso papel como agentes de transformação. Hoje, temos o compromisso de levar água e esgoto tratados para 21 milhões de pessoas. O futuro é fazer com que a busca pela eficiência da empresa permita que elas tenham acesso de maneira mais rápida, mais eficiente e que a Aegea contribua para essa mudança na vida das pessoas mais cedo. Esse é o nosso propósito e o legado que estamos construindo”, afirma o CEO da Aegea.
Para Radamés Casseb, a inovação pode trazer as mudanças que o Brasil precisa no setor. “O conceito de inovação é criado dentro do ambiente de restrição, normalmente a dificuldade é a mãe da criatividade, provocando um olhar disruptivo, um insight criativo e o desenvolvimento metodológico de uma solução. Em ambientes com restrição de acesso à água, a busca é por alternativas como a dessalinização, por exemplo”, diz.
No Brasil, as restrições quanto ao acesso aos serviços de saneamento são de outra ordem, aponta ele. “Temos aqui o risco contratual ou mesmo a necessidade de levar os serviços de saneamento para pessoas mais vulneráveis. Foi o que nos levou a adotar as soluções de abastecimento como as redes aéreas, nas palafitas de Manaus (AM), que podem ser replicadas em escala para regiões com restrição de capital”, afirma Radamés.
Soluções do Brasil para o mundo
“A partir desse ponto de vista, o Brasil tem muito a oferecer, em campos onde a inovação pode fazer muita diferença, com características que a gente não encontra no mundo. Nossa crença é a de que esse estímulo traga o amadurecimento do setor, gerando muita coisa boa por aí”, afirma. “A utilização de ferramentas tecnológicas na gestão da infraestrutura é a próxima fronteira que bate na porta das companhias do saneamento”, diz ele.
Cuidar do time para cuidar bem das pessoas
A empresa, que acaba de ganhar mais um reconhecimento, como a melhor do setor no anuário do Valor 1000, estrutura sua visão no amanhã em três grandes frentes de trabalho. Alinhadas ao planejamento estratégico, envolvem todos os setores e unidades. Por trás de cada uma, o que se quer é atender ao propósito da empresa: o de servir, cada vez com mais qualidade e eficiência, ampliando o atendimento sem perder os diferenciais da Aegea.
“A Aegea já tem um desempenho reconhecido por adotar as melhores práticas de gestão. Temos a Academia Aegea que consolida nosso modelo na formação de pessoas, mas é preciso evoluir ainda mais. Ter o time certo, no engajamento certo e no desafio certo é o que vai fazer a diferença nesse futuro. Precisamos que cada um cuide bem do seu time para que a Aegea consiga cuidar cada vez melhor das pessoas”, diz o CEO da Aegea.
Três frentes de atuação, uma prioridade: pessoas
Das três frentes, uma atua para expandir a forma de atuação, chamada de Modelo Operacional Aegea, o MOA. A segunda vem da área de Tecnologia da Informação (TI), que está fazendo uma verdadeira revolução nos sistemas da empresa (leia mais sobre o assunto na Entrevista). E a terceira é a da Engenharia da Operação, apoiada em duas vertentes: uma pensa no amanhã, busca o que há de novo no setor, e a outra implanta as novidades e cuida do dia a dia.
Um modelo que se atualiza sem parar
O MOA, Modelo Operacional Aegea, é como um guardião de aprendizados. “O viés de encontrar soluções, metodologias e tecnologias inovadoras sempre esteve presente na Aegea. É uma provocação constante em busca de melhores resultados que faz parte do nosso DNA. Para não gastar tempo repetindo processos já experimentados, documentamos e registramos as lições aprendidas”, diz Fernanda Bassanesi, diretora de Gestão da Aegea.
“A cada contratação, na formação de líderes, na incorporação dos trainees, nas novas unidades que a Aegea assume, o MOA vai sendo replicado. Ele permeia a empresa inteira. Como é muito dinâmico, tem um processo constante de atualização”, conta a diretora. A atualização acontece na prática, no dia a dia, com uma busca constante dentro e fora da empresa por uma prestação de serviço mais eficiente.
O MOA também olha para fora, traz do mercado internacional, por exemplo, inovações e tecnologias que são adaptadas à realidade do país. “Nossa procura também é por novas formas de atendimento. Estamos cuidando muito dos relacionamentos, buscando formas de estar mais próximos do nosso cliente, pois a onda de digitalização que veio com a COVID-19 acelerou outros jeitos de se comunicar e de fazer negócios. A Aegea está atenta às mudanças do mercado”, diz.
Ao assumir uma nova empresa, é o MOA que norteia a atuação. “A área de Novos Negócios incorpora as tecnologias que são usadas no dia a dia das concessionárias, como a avaliação por satélite e a utilização de drones para um diagnóstico mais assertivo, desde o estudo dos projetos e no levantamento de dados. Tudo isso agiliza o trabalho e confere maior segurança na escolha das melhores soluções para implementar naquela localidade”, afirma Fernanda Bassanesi.
Para ela, as novas tecnologias vão ajudar cada vez mais a preservar o meio ambiente. “O MOA carrega também a pauta do ESG, intimamente ligada ao nosso negócio: somos ESG por raiz, por natureza. Devolver um efluente de qualidade tratando o esgoto com o máximo de eficiência, reduzir as perdas de água evitando o desperdício de recursos e investindo em tecnologia para usar uma energia mais limpa. É esse ambiente cada vez mais sustentável que queremos para nossas operações. É o que a Aegea quer para as novas gerações”, pontua a diretora de Gestão.
Inovação no dia a dia das operações
Ao olhar para o futuro, quem está na Engenharia da Operação quer ver solucionados os entraves que o setor enfrenta hoje. Diminuir as perdas de água tratada, elevar a eficiência dos sistemas e otimizar o uso dos recursos para melhorar e ampliar cada vez mais o atendimento sendo referência no mercado. Entre as inovações que estão sendo implantadas estão inteligência artificial, com redes neurais e algoritmos genéticos (leia mais abaixo).
Antes da implantação dessas tecnologias, é preciso fazer um trabalho anterior. Conhecer as redes implantadas, ter sistemas de modelagem com válvulas redutoras de pressão e sensoriamento remoto, enfim, uma série de equipamentos e sistemas que permitam a análise de dados e simulações. As redes novas geralmente já têm essa estrutura, mas, no Brasil, grande parte é antiga e defasada.
“Em comparação às outras indústrias, o saneamento tem muito a crescer ainda no que tange a tecnologia e a inovação. A Aegea já é uma das que mais inovam e a transformação é gradativa. Usamos modelagem hidráulica (veja box) em quase todas as unidades e caminhamos para a operação automatizada. Com soluções inovadoras, vamos de fato contribuir para melhorar os serviços e o setor como um todo”, diz Moisés Salvino, gerente de Engenharia da Operação.
O modelo hidráulico, entre outras tecnologias, ajuda a resolver um dos maiores problemas para modernizar a operação de saneamento no Brasil: um cadastro correto do que realmente foi implantado. “Quando a empresa assume uma rede antiga, acaba desconhecendo o que está enterrado lá, a idade dos equipamentos. A modelagem, junto com o sensoriamento, traz uma visão estratégica para uma atuação mais eficiente”, afirma Moisés Salvino.
Segundo o gerente de Engenharia da Operação da Aegea, a empresa está na linha de frente e vai trazer muito desenvolvimento para o setor. “De uma certa forma, estamos abrindo caminhos. É a busca pela melhor forma de operar, de utilizar ativos com eficiência, minimizando a questão do desperdício de água e energia. Na ponta final, é mais água de qualidade sem interrupção, para um número maior de pessoas. É o que mais importa”, aponta.
O passado que constrói o futuro: estrutura de inovação
“A Aegea é uma empresa visionária, está sempre pensando à frente, avaliando tendências e oportunidades de inovar, focada em eficiência em todas as áreas”, diz o gerente de Infraestrutura Digital, Marco Aurélio Pereira da Silva, ao responder por que a Aegea tem sido uma empresa inovadora.
Segundo ele, para entender melhor o que a Aegea é hoje e onde quer chegar é preciso olhar para a jornada dela, afinal, são onze anos investindo em melhores serviços. “Existe um programa estruturado de inovação e grupos de trabalho como o do MOA, o Modelo Operacional Aegea”, afirma.
A estrutura de inovação da Aegea tem governança própria alicerçada no que há de mais atual em gestão pela inovação. Ela inclui a Inovae, uma plataforma criada para engajar os funcionários. É aberta a qualquer colaborador que quer desenvolver uma nova ideia. São cerca de 400 projetos inscritos.
Tem ainda o Prêmio Inovação Aegea, que está na quinta edição. E um trabalho direcionado às universidades. O gerente cita como exemplo o convênio com a Universidade Federal Fluminense de pesquisa para geração de energia a partir do hidrogênio usando fontes renováveis. Além disso, a Aegea apoia e incentiva startups.
Criando líderes inovadores: um vírus do bem
A inovação se espalhou na Aegea, segundo ele, por meio do núcleo de Eficiência e Tecnologia, criado em 2013. Jovens trainees e profissionais eram integrados ao núcleo para estimular o engajamento com o tema. Depois, alguns foram deslocados para outras unidades, impregnados com essa forma de pensar, enxergando novas perspectivas em cada novo desafio. “É assim que funciona o nosso modelo operacional, o MOA. Temos vários exemplos na empresa de jovens que hoje são líderes e levam no coração deles essa cultura da inovação, que foi criada lá atrás”, aponta Marco Aurélio.
O CEO da Aegea, Radamés Casseb, compara o Modelo Operacional Aegea a um vírus. “Ele contamina fácil, se propaga de forma fluída porque os valores e a crença são muito fortes. O nosso propósito é poderoso: movimentar vidas, levar dignidade para as pessoas”, diz ele. E faz um convite: “que o mercado venha conhecer a equipe da Aegea para ter contato com as nossas operações. Pelo exemplo, vamos conseguir influenciar, gerar um movimento positivo não só para as concessões onde a gente atua, mas para o mercado de saneamento como um todo”, afirma o CEO.
Quer ser mais inovador em saneamento? Leia as dicas dos executivos da Aegea no texto completo da Revista Aegea.