A recuperação de áreas degradadas no Pantanal acaba de ganhar reforço importante. Em uma nova etapa da iniciativa Floresta Viva, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Instituto Aegea lançaram, durante a COP30, um edital voltado à revitalização da Bacia do Alto Paraguai, que abrange regiões dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A proposta une preservação ambiental e apoio direto às comunidades locais.
Nova chamada pública mira recuperação ambiental do Pantanal
Serão mobilizados R$ 5,9 milhões por meio do modelo de matchfunding, uma estratégia de financiamento colaborativo em que cada real aportado por parceiros privados é igualado por um valor correspondente de recursos públicos — neste caso, metade vem do BNDES e a outra metade do Instituto Aegea.
Deste total, R$ 5,2 milhões serão destinados a projetos de restauração ecológica e revitalização hídrica. A expectativa é selecionar até dois projetos que atuem em uma área mínima de 100 hectares.
A ação tem como foco um dos biomas mais frágeis do país, afetado por secas, queimadas e desmatamento. “O Pantanal é um patrimônio brasileiro que exige ação imediata”, afirmou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. Já a diretora socioambiental do banco, Tereza Campello, destacou que o apoio contínuo é essencial para garantir a resiliência ambiental da região.
Compromisso da Aegea com o bioma
A Aegea reforça sua atuação em defesa dos recursos naturais. “É uma honra integrar essa iniciativa com o BNDES. Atuamos em quase 100 cidades na região e sabemos da importância do Pantanal para o equilíbrio ambiental e para a vida das pessoas”, declarou Édison Carlos, presidente do Instituto Aegea.
Foco na restauração e inclusão social
Além da restauração da vegetação nativa, o edital prevê a capacitação profissional em atividades como coleta de sementes, produção de mudas e manejo ambiental. O engajamento das comunidades locais será prioridade nos projetos selecionados. A gestão financeira e operacional do programa ficará a cargo do FUNBIO (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade).
Quem pode participar
A chamada pública está aberta a instituições sem fins lucrativos e cooperativas legalmente constituídas há pelo menos dois anos. Os projetos devem ainda estar alinhados a políticas públicas federais e estaduais de recuperação ambiental.
O prazo para submissão das propostas será até o dia 27 de fevereiro de 2026, às 19 horas (horário de Brasília). Para submissão de propostas e mais informações, acesse o Portal de Chamadas do FUNBIO (link no final do texto).
Floresta Viva avança no país
Desde o lançamento, em 2021, já foram mobilizados aproximadamente R$ 400 milhões, sendo metade desse valor proveniente de parceiros públicos e privados.
A iniciativa Floresta Viva rendeu ao BNDES o Prêmio Alide 2024, reconhecimento internacional concedido pela Associação Latino-Americana de Instituições Financeiras de Desenvolvimento, destacando o modelo inovador de governança do programa — com parceiro gestor operacional, que confere agilidade e escala aos resultados — e a articulação entre diferentes atores: empresas privadas e públicas, multinacionais, governos e banco público de desenvolvimento.
Com mais essa parceria, a Aegea reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, a segurança hídrica e a valorização das comunidades onde atua. O lançamento da chamada pública ocorreu no dia 18 de novembro no Pavilhão BNDES, na Green Zone COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), realizada em Belém (PA).
Para submissão de propostas e mais informações, acesse o Portal de Chamadas do FUNBIO: https://chamadas.funbio.org.br/floresta-viva-pantanal|whatsapp.


