Recuperação de lagoa e praias limpas: bons exemplos do Rio

Recuperação de lagoa e praias limpas: bons exemplos do Rio

Está no Relatório Anual de Sustentabilidade da Aegea 2023, na percepção da população e em resultados de análises: com os investimentos em saneamento da Águas do Rio, a Lagoa Rodrigo de Freitas e algumas praias recuperaram as boas condições ambientais e a balneabilidade. 

A correta destinação do esgoto e as ações de regeneração, proteção e plantio de espécies nativas no entorno da lagoa já fizeram com que a água ficasse mais limpa. Diversas espécies de animais voltaram a frequentar o seu entorno, como colhereiros com pelagem rosa, quero-quero e socozinho. 

Trabalho em parceria 

Há também novos habitantes: garça-azul e alguns caranguejos, como guaiamum, aratu-vermelho e marinheiro. O trabalho de recuperação vem sendo feito em parceria com o biólogo Mario Moscatelli e Manglares, sua Consultoria Ambiental. 

É a primeira vez que uma empresa privada patrocina o projeto Manguezal da Lagoa em um período de mais de 30 anos. Entre as intervenções que possibilitaram a recuperação estão: melhorias no sistema de esgoto da região e operações de fiscalização de despejo irregular. 

Praias com boa qualidade em diversos pontos de coleta 

Banhada pela Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a Praia da Ribeira, na Ilha de Paquetá, apresentou boas condições de banho pela primeira vez desde 2016. A melhora resulta das iniciativas adotadas pela Águas do Rio, que fez reparos no sistema de esgoto da ilha e adotou medidas em vários bairros do Rio de Janeiro para interromper o despejo ilegal de esgoto sem tratamento no mar. 

Como consequência, em 2022, houve melhora na qualidade das praias: 14% dos pontos de coleta foram considerados bons. A Praia do Diabo, perto do Arpoador, e uma parte de Copacabana passaram de uma classificação regular para boa. São Conrado foi classificada como regular após seis anos de classificação péssima ou ruim.

Toneladas de lixo retiradas do Interceptor Oceânico melhoram praias

Uma nova estação elevatória de esgoto vai contribuir para a eliminação do despejo de esgoto na Praia do Flamengo, que já apresenta melhoras. O desvio do percurso do Rio Carioca leva suas águas poluídas para o Interceptor Oceânico e evita que o esgoto despejado de forma indevida chegue à praia.

A limpeza do Interceptor Oceânico, túnel de nove quilômetros de extensão e 5,5 quilômetros de diâmetro que encaminha o esgoto e as águas pluviais de bairros da Zona Sul para o emissário submarino, está sendo feita pela primeira vez desde sua construção em 1971. Com as toneladas de lixo já retiradas, as praias de Botafogo e Flamengo passaram a apresentar balneabilidade. Elas estiveram impróprias para banho em 99,8% dos dias entre 2015 e 2019, segundo relatório do Comitê da Bacia da Baía de Guanabara. O trabalho que vem sendo desenvolvido pela Águas do Rio foi reconhecido pelo Blue Dot Network.

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