Respeito Dá o Tom lembra os 30 anos de luta por mais igualdade

Terezade Banguela Aegea

Tereza de Benguela, símbolo de resistência negra e líder quilombola, foi escolhida para ilustrar a homenagem pelo Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho.

A data é também o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Mas afinal, por que datas assim são importantes? Quem responde é Keilla Martins, coordenadora do Programa Respeito Dá o Tom, que atua por um mercado mais aberto para talentos femininos negros brilharem.

“Precisamos sempre nos lembrar de tudo o que pessoas como Tereza de Benguela enfrentaram, uma mulher preta quilombola, grande estrategista na luta em defesa do sue povo e que abriu caminhos para diversas mulheres negras. Mulheres negras são símbolo e resistência e somos mais fortes juntas”, diz Keila.

Colaboradora Aegea

Mais sobre a data

A data remonta ao ano de 1992 quando, em Santo Domingo, República Dominicana, foi realizado o 1º encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas.

Além de propor a união entre essas mulheres, o encontro também visava denunciar o racismo e o machismo enfrentados por mulheres negras, não só nas Américas, mas também ao redor do globo.

Essa importante reunião conseguiu que a ONU, ainda em 1992, reconhecesse o dia 25 de julho como Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

No Brasil, ficou estabelecido que o 25 de julho seria também o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, para dar visibilidade ao papel da mulher negra na história brasileira, através da figura de Tereza de Benguela.

Tereza foi a líder do Quilombo Quariterê, localizado na fronteira do Mato Grosso com a Bolívia, e, por 20 anos, liderou a resistência contra o governo escravista e coordenou as atividades econômicas e políticas do Quilombo.

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