Saneamento movimenta economia de cidades menores

Saneamentos Crato

Dados da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), divulgados em O Brasilianista, revelam que nos anos de 2022 e 2023, devem ocorrer 23 licitações no setor de saneamento sejam feitas no país.

Cidades menores vão ser beneficiadas

Mais da metade delas devem ser em cidades com população inferior a 50 mil habitantes. Para especialistas, o setor de saneamento, incluindo negócios de resíduos sólidos, além dos serviços de água e esgoto, vai prosperar no país.

Até o fim de 2023, pequenas e grandes concessões devem movimentar um volume de investimentos estimado em mais de R$ 22 bilhões ao longo de contratos de 30 a 35 anos.

Aumento de 18% nos investimentos

Em 2021 o investimento anual avançou 15% em termos reais, passando de R$ 14,9 bilhões para R$ 17,14 bilhões, ainda segundo O Brasilianista. Este ano, a projeção é de aumento de 18%, conforme dados da consultoria Inter.B.

Concessões em municípios pequenos devem atrair empresas de menor porte ou que ainda não estão atuando em saneamento. O movimento foi percebido nas primeiras licitações do ano, em São Simão (GO) e Orlândia (SP), que atraíram 14 investidores (a maioria sem concessões no setor).

Aegea estuda ampliar participação no nordeste

Vencida pela Aegea, a disputa pública em Crato (CE) foi exceção, com apenas uma proposta. Em 35 anos, serão investidos R$ 250 milhões. No Nordeste a Aegea já atua na capital do Piauí, com a Águas de Teresina (PI), e em Timon, no Maranhão. Em entrevista ao Valor Econômico, a empresa anunciou que estuda outros dois leilões regionais no estado do Ceará, previstos para este ano, ampliando a sua atuação na Região Nordeste.

“Está na característica da Aegea atuar tanto em blocos como a Cedae quanto em cidades com população reduzida. O que precisamos é de projetos bem estruturados. Muitas concessões municipais estão sendo estruturadas com apoio do BNDES, da Caixa, o que dá mais segurança. Temos olhado esses projetos bem estruturados”, afirmou Renato Medicis, vice-presidente da Regional 3 da Aegea, que engloba as operações no Norte e Nordeste.

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