Cavalos-marinhos na Lagoa de Araruama incentiva conscientização

Cavalos-marinhos

Na areia das praias de São Pedro da Aldeia (RJ), banhadas pela Lagoa de Araruama, placas chamam a atenção dos banhistas com informações sobre ecologia e como a população pode colaborar ao avistar cavalos-marinhos.

A campanha, promovida pelo Projeto Cavalos-Marinhos, do Rio de Janeiro, em parceria com a prefeitura da cidade e a Universidade Santa Úrsula, foi desenvolvida para evitar que a população manuseie o animal.

Os cavalos-marinhos voltaram a habitar a Lagoa de Araruama que hoje podem ser vistos em diversos trechos da maior laguna hipersalina em estado permanente do mundo.

Inicialmente, as placas foram implantadas nas praias da Salina, Balneário, Ponta da Areia e do Sudoeste, mas a ação também irá se estender para outros municípios da região.

Cavalos-marinhos de volta à lagoa

“Por falta de orientação, as pessoas não sabem lidar com os cavalos-marinhos tão presentes e tão próximos, e acabam interagindo de forma incorreta. Recebemos muitos vídeos que mostram os animais sendo retirados da água, perseguidos, manipulados, então decidimos começar uma campanha”, explica Natalie Freret-Meurer, coordenadora do projeto.

O material contém curiosidades sobre a espécie encontrada na lagoa, a portaria 445 do Ministério do Meio Ambiente, que regulamenta as ações com o animal, e convida o público a enviar informações sobre o registro.

Ajudar a proteger o animal: tire uma foto e envie

“Não tem problema em observar, mas o ideal é manter uma distância de cerca de 50 centímetros, onde o animal se sente seguro e confortável.  As pessoas não devem tocar, colocar em balde, tirar da água, perseguir ou empurrar com objetos. Se encontrar um cavalo-marinho morto, recomendamos que leve para casa, tire uma foto, congele e encaminhe para o projeto. Dependendo do estado do animal, conseguimos buscar e fazer uma série de estudos”, pontua Natalie.

O projeto monitora a lagoa desde maio, em meses alternados, em áreas fixas nas cidades de São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande e Araruama, e catalogou mais de 100 animais.

Cavalo-Marinho do Focinho Longo

A espécie cadastrada é o Cavalo-Marinho do Focinho Longo, que era muito comum na costa brasileira e no litoral do estado do Rio de Janeiro. Durante o trabalho, são analisadas a quantidade; a proporção de machos para fêmeas, e de adultos para jovens; o estágio reprodutivo e o tipo de comportamento que eles apresentam.

Esse conjunto de fatores mostra como está a saúde dessa população. Também é feita uma marcação visual de cada um, por meio de fotografias do topo da cabeça dos animais, onde fica uma estrutura óssea chamada de coroa. Elas são como a nossa impressão digital, ou seja, são únicas.

Serviço:

O registro dos cavalos-marinhos pode ser enviado para o WhatsApp (21) 98141-4129 ou pelas redes sociais do Projeto Cavalos-Marinhos.

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